Dilma Rousseff reporta desembolsos do NDB no Brasil de US$ 4 bilhões

Dilma Rousseff informa que desembolsos do NDB somam US$ 4 bilhões no Brasil, representando 18% do total.
05/07/2025 às 19:03 | Atualizado há 4 semanas
Desembolsos do NDB
NDB enfrenta grave crise de liquidez, segundo a ex-presidente. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

Dilma Rousseff, ex-presidente e atual comandante do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), também conhecido como o Banco dos Brics, anunciou que a instituição já aprovou 122 projetos, somando cerca de US$ 40 bilhões. Contudo, o banco enfrentou desafios de liquidez, impactando seu desempenho e planejamento estratégico. Apesar disso, o NDB conseguiu retornar ao mercado, captando recursos significativos e continua a priorizar o financiamento em moedas locais e a expansão de seus membros.

O NDB superou um período crítico de 15 meses sem captações no mercado, o que afetou negativamente o alcance de seus objetivos e seu planejamento estratégico para o período de 2022 a 2026. Apesar dos contratempos, Dilma Rousseff expressou otimismo quanto ao cumprimento das metas estabelecidas até 2026. A retomada do banco ao mercado financeiro foi marcada por uma captação de US$ 1,250 bilhão em março de 2023.

Desde a sua chegada à presidência do NDB, Dilma Rousseff informou que foram captados mais de US$ 16,1 bilhões. Especificamente na primeira metade deste ano, as captações já atingiram US$ 3,1 bilhões. Essa recuperação financeira é um marco importante para a instituição, que busca fortalecer seu papel no financiamento de projetos de desenvolvimento nos países membros, incluindo o Brasil.

Para o Brasil, o conselho de diretores do NDB já aprovou 29 projetos, totalizando US$ 7 bilhões. Os desembolsos do NDB no Brasil alcançaram US$ 4 bilhões, representando 18% do total desembolsado pelo banco. Adicionalmente, o NDB possui uma carteira de projetos em andamento no Brasil no valor de US$ 2,3 bilhões. Esses investimentos são direcionados para diversas áreas, como infraestrutura, energia e saneamento.

Em relação ao cenário financeiro global, Dilma Rousseff comentou sobre a questão da desdolarização. Embora reconheça que alguns países estão utilizando suas próprias moedas em transações comerciais internacionais, ela não observa sinais claros de uma desvalorização global do dólar. Segundo ela, essa prática de negociação em moedas locais já existe há algum tempo, como no caso do pagamento de petróleo, mas isso não compromete a posição do dólar como ativo e reserva de valor.

De acordo com a presidente do NDB, o mercado financeiro internacional continua amplamente dolarizado, e as decisões sobre a diversificação de ativos são tomadas pelo próprio mercado em busca de segurança. Dilma Rousseff concedeu essas declarações durante uma coletiva de imprensa realizada após o 10º Encontro Anual do Conselho de Governadores do NDB, no Rio de Janeiro.

O NDB prioriza o financiamento em moedas locais e busca expandir o número de países membros. Essa estratégia visa fortalecer a autonomia financeira dos países em desenvolvimento e reduzir a dependência do dólar em suas operações. A expansão do número de membros também é vista como uma forma de aumentar a capacidade do banco de financiar projetos de desenvolvimento em diversas regiões do mundo.

Via InfoMoney

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.