O Banco Central do Brasil (BC) está revisando o capital mínimo para instituições financeiras operarem no país. A análise verifica se o montante exigido atualmente é adequado para a instalação de novas instituições. Gilneu Vivan, diretor de Regulação do BC, informou que a medida está em estudo e é considerada complexa pela autarquia.
A nova regra valerá para novas instituições financeiras assim que for estabelecida. Para as instituições já em operação, haverá um período de adaptação. O BC não especificou se o objetivo da revisão é aumentar ou diminuir a exigência de capital.
Além da revisão do capital mínimo para instituições, o BC prioriza o desenvolvimento do sistema de portabilidade de crédito entre instituições. A autarquia também planeja discutir avanços na portabilidade de salários e investimentos. Essas medidas visam facilitar a vida dos consumidores e aumentar a concorrência no setor financeiro.
O Banco Central também pretende revisar os critérios para abertura e movimentação de contas bancárias. O objetivo é fortalecer a prevenção contra fraudes financeiras. Com a digitalização dos serviços bancários, a segurança tornou-se uma preocupação central para o BC.
Outro ponto de atenção do BC é o crédito imobiliário. O presidente do BC, Gabriel Galípolo, já mencionou a preocupação com o esgotamento da caderneta de poupança. A poupança tem sofrido saques líquidos sucessivos, o que exige a busca por fontes alternativas de recursos para o financiamento habitacional no país.
O diretor Gilneu Vivan destacou que o BC ainda não encontrou uma solução considerada viável para o financiamento imobiliário. Um dos debates é sobre como os contratos de financiamento se comportarão diante de um funding mais volátil do que a poupança. A autarquia continua em busca de alternativas para garantir o acesso à moradia no país.
Em resumo, o Banco Central está atento às mudanças no cenário financeiro e busca adaptar a regulamentação para garantir a segurança e a eficiência do sistema. As medidas em estudo abrangem desde o capital mínimo para instituições até o financiamento imobiliário, passando pela portabilidade de crédito e a prevenção de fraudes.
Via InfoMoney