Em Vila Velha, Espírito Santo, a recente proibição de música ao vivo em um bar reacendeu a discussão sobre o equilíbrio entre entretenimento e sossego. A prefeitura atendeu a queixas de moradores, gerando debate sobre o impacto da Música ao vivo em bares na comunidade. O caso levanta questões sobre limites de som, direitos dos moradores e o papel dos estabelecimentos na vida local.
A proibição da música ao vivo no Castanheiras Bar, localizado na Praia da Costa, trouxe à tona a antiga tensão entre moradores e estabelecimentos. O som alto de eventos musicais gera reclamações, levando a prefeitura a intervir. A polêmica se estende a outros bairros, como Jardim da Penha, onde bares enfrentaram restrições semelhantes no ano anterior.
Um empresário de Jardim da Penha ficou 70 dias sem permissão para tocar música, resultando em prejuízos financeiros. Ele precisou se adequar às normas municipais para retomar as atividades musicais. A situação destaca o desafio de equilibrar o negócio com as regras locais.
A legislação municipal proíbe qualquer som que perturbe o sossego público, incluindo música alta de bares e veículos. As multas variam de R$ 5.768,45 a R$ 10.318,60. Os limites de decibéis variam conforme a zona: 50 decibéis à noite e 55 durante o dia em áreas residenciais; 55 decibéis à noite e 65 durante o dia em zonas comerciais.
A fiscalização ocorre principalmente em bares, boates e casas de shows, com base em denúncias recebidas pelo serviço Fala Vitória 156. Enquanto alguns empresários alegam perseguição, moradores defendem seu direito ao descanso. A empresária Kelly Veruska, dona do Castanheiras Bar, expressou sua frustração com a proibição nas redes sociais.
A opinião pública se divide: alguns defendem a Música ao vivo em bares como parte da vida noturna e atrativo turístico, enquanto outros priorizam o sossego residencial. Um morador sugeriu a instalação de tratamento acústico nos bares para minimizar o impacto do som. Ele também mencionou o transtorno causado pelo trânsito e o alto valor do IPTU pago pelos moradores.
O presidente do Sindibares, Rodrigo Vervloet, defende a convivência harmoniosa entre comércio e moradores, com respeito mútuo. Ele ressalta a importância dos estabelecimentos para a economia local, segurança e valorização imobiliária. Vervloet acredita que a cooperação entre as partes é essencial para um ambiente próspero. O debate continua, buscando um consenso que atenda a todos.
Via ES360