Em uma entrevista recente, Bill Gates revelou detalhes surpreendentes sobre sua Doação de Bill Gates. A entrevista, concedida à BBC News Brasil, trouxe à tona o montante já destinado a causas filantrópicas: mais de US$ 100 bilhões. Essa quantia, equivalente a aproximadamente R$ 580 bilhões, supera o PIB da Bulgária e o custo do projeto ferroviário britânico HS2. Apesar do impacto monumental, Gates afirma que ainda há mais recursos a serem doados.
O cofundador da Microsoft explicou que sua inclinação para a filantropia vem de sua criação. Sua mãe sempre enfatizou a responsabilidade que acompanha a riqueza. A Gates Foundation, criada com sua ex-esposa Melinda, em parceria com Warren Buffett, já recebeu cerca de US$ 60 bilhões de sua fortuna pessoal. A Fundação completa 25 anos em maio de 2025. Apesar da generosidade, Gates garante que seu estilo de vida não foi afetado. Ele afirma não ter feito nenhum sacrifício pessoal.
Bill Gates também comentou sobre o planejamento de sua herança para os três filhos. Ele garante que seus filhos não ficarão desprovidos após sua morte. Embora pretenda doar a maior parte de sua fortuna, ele assegura que seus herdeiros terão recursos suficientes.
Sua paixão pela matemática é notória. Ainda na oitava série, Gates se destacou em uma competição regional, demonstrando sua aptidão numérica desde jovem. Considerando que sua fortuna é estimada em US$ 160 bilhões, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg, mesmo que uma pequena porcentagem seja destinada aos filhos, eles permanecerão financeiramente confortáveis.
A entrevista aconteceu na casa de infância de Gates, em Seattle. A visita ao local despertou lembranças, incluindo o antigo sistema de intercomunicação que a mãe utilizava para acordá-los. Mary Gates também tinha o hábito de atrasar os relógios em oito minutos. Bill Gates acredita que essa disciplina familiar contribuiu para forjar sua ambição. Ele atribui seu lado competitivo aos jogos de cartas com a avó.
Na adolescência, Gates era uma criança desafiadora, com hiperfoco e obsessão por programação. Em sua autobiografia, “Código-fonte: Como tudo começou”, ele menciona a possibilidade de ter sido diagnosticado no espectro do autismo se fosse adolescente hoje. Sua dedicação à programação levou a conseguir acesso a um computador da empresa local, em troca de ajuda com problemas técnicos. Ele ingressava no local noturno e furtivamente pela janela, demonstrando a sua determinação.
Suas irmãs, Kristi e Libby, confirmaram que ele sempre foi diferente. Kristi, a irmã mais velha, descreve Gates como uma criança que mastigava lápis até o grafite. O envolvimento de Gates com a tecnologia desde a infância, associado a sua capacidade de concentração e sua dedicação, o conduziram a um sucesso profissional notável.
Em sua entrevista, Gates abordou o papel da neurodiversidade no Vale do Silício e o impacto das redes sociais nas crianças. Ele destacou a influência de Robert F. Kennedy Jr., para quem o indicado de Trump para secretário de Saúde dos EUA estaria enganando as pessoas com declarações sobre vacinas.
A origem de Bill Gates não se enquadra na narrativa clássica de pobreza à riqueza. Seu pai era advogado e sua família possuía recursos financeiros, mesmo que a escolha de enviá-lo para uma escola particular tenha sido uma decisão financeira considerável. O acesso precoce à tecnologia, por meio da máquina de teletipo na Lakeside School, foi fundamental para o seu desenvolvimento e o lançamento de sua carreira profissional. A morte prematura de seu melhor amigo, Kent Evans, também marcou profundamente sua vida.
Atualmente, Gates escreveu sua própria biografia, onde reflete sobre sua trajetória, afirmando que sua personalidade e rumo já se encontravam definidos desde sua infância. A Doação de Bill Gates é um ato filantrópico de grande escala, com impactos significativos em diversas áreas.
Via BBC News Brasil
