Dois jovens em Brasília usaram apenas um notebook para roubar R$ 800 milhões em ataque cibernético

Dois jovens em Brasília realizaram o maior roubo digital do Brasil, desviando R$ 800 mi com um notebook em ataque ao sistema Pix.
24/12/2025 às 07:02 | Atualizado há 2 horas
               
Defesas dos suspeitos do maior ataque hacker do país não foram encontradas. (Imagem/Reprodução: Redir)

Dois jovens em Brasília usaram apenas um notebook para realizar o maior roubo digital da história do Brasil, desviando cerca de R$ 800 milhões. O ataque foi conduzido a partir de um hotel cinco estrelas, atingindo o sistema da C&M Software, operador do Pix.

A operação, chamada Magna Fraus, revelou uma sofisticada lavagem de dinheiro com uso de contas bolsão e criptomoedas. Vários suspeitos foram presos, incluindo um estudante e um jogador de pôquer, enquanto outros estão foragidos no exterior. O caso resultou em mudanças regulatórias no Banco Central e aumento da cooperação entre instituições de segurança.

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que apenas um notebook foi suficiente para que dois jovens realizassem o maior furto a banco da história do Brasil, em Brasília. Eles desviaram cerca de R$ 800 milhões a partir de um hotel cinco estrelas, tendo conduzido o ataque cibernético ao sistema da C&M Software, responsável por intermediar transações do Pix.

O incidente ocorreu em 30 de junho e envolveu o uso de comandos digitais para transferir recursos de contas ligadas ao Banco Central. Ainda que a maior parte do valor tenha sido recuperada, o assalto superou o histórico furto físico de R$ 165 milhões ao Banco Central em Fortaleza, em 2005.

As investigações, conduzidas pela operação Magna Fraus, apontaram para uma complexa lavagem de dinheiro, utilizando contas bolsão e criptomoedas para distribuir os recursos roubados. Também motivaram mudanças regulatórias no Banco Central e maior colaboração entre a Polícia Federal, a Febraban e o BNDES.

Cinco suspeitos, entre eles um estudante de medicina e um jogador de pôquer, estão presos. O líder da operação criminal teria organizado o ataque enquanto outros membros acessavam o sistema de forma fraudulenta, simulando ordens legítimas da C&M Software para o Banco Central.

Além das prisões, a Polícia Federal apreendeu veículos de alto padrão e dispositivos eletrônicos relacionados ao caso. Alguns suspeitos fugiram para o exterior, com mandados de prisão cumpridos na Espanha e Argentina. A investigação continua visando conter o uso de mecanismos que facilitem crimes financeiros digitais no país.

Via Folha de S.Paulo

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