Dólar Cai com Expectativas de Juros Mais Baixos nos EUA

O dólar recua com expectativas de cortes de juros nos EUA; saiba mais sobre os impactos no mercado.
16/09/2025 às 09:01 | Atualizado há 4 dias
Reunião do FED
Acompanhe os fatores que impactam os preços dos ativos hoje, 16 de setembro. (Imagem/Reprodução: Forbes)

Com a expectativa de juros mais baixos nos Estados Unidos, o dólar apresentou recuo de 0,6%, fechando a R$ 5,321. Essa é a menor cotação desde junho de 2024. Os olhares estão voltados para as reuniões do Copom e do Federal Open Market Committee, que discutirão a política monetária e potenciais alterações nas taxas de juros.

Os investidores se mostram cautelosos, projetando a manutenção da Selic nos 15% atuais. Além disso, aprox. 96% das apostas indicam um corte de 25 pontos-base na taxa americana. Essa diminuição pode alterar a atratividade do dólar, uma vez que juros mais altos nos EUA podem ressoar em uma maior demanda pela moeda, impactando o câmbio.

Caso o FED efetive a redução na taxa de juros e o Brasil mantenha a Selic elevada, o real pode alcançar uma valorização ainda maior. Contudo, a confirmação dos cortes e dados da economia americana serão determinantes para os próximos passos do mercado.
Com a expectativa de juros mais baixos nos Estados Unidos, o dólar apresentou recuo de 0,6% e fechou a R$ 5,321, o menor valor desde junho de 2024. As atenções se voltam para as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Federal Open Market Committee (Fomc), órgão do Federal Reserve (FED), o banco central americano.

Investidores já projetam os próximos passos. As opções de Copom negociadas na B3 indicam uma probabilidade de 95,5% de manutenção da Selic nos 15% atuais. Nos Estados Unidos, o FedWatch Tool da CME aponta aproximadamente 96% de chances de corte de 25 pontos-base na taxa de juros americana.

A queda do dólar reflete uma redução gradual nas expectativas dos investidores para o câmbio. O Relatório Focus do Banco Central (BC) apresentou uma nova revisão para baixo da previsão para o dólar em dezembro de 2025, ajustando a mediana de R$ 5,55 para R$ 5,50. Um mês antes, a previsão era de R$ 5,60.

Essa mudança é influenciada pela expectativa de alterações nos juros nos EUA, que impactam o diferencial de retorno entre ativos denominados em dólar e outras moedas. Juros mais altos nos EUA atraem investidores estrangeiros, aumentando a demanda por dólar. O corte nos juros pelo FED reduz esse diferencial, afetando a atratividade do dólar em comparação com moedas de países emergentes.

Com a possibilidade do FED reduzir seus juros, o diferencial entre Selic e juros americanos aumenta, favorecendo o real através de estratégias como carry trade. Investidores buscam maior retorno comprando ativos de países emergentes e financiando em moedas com juros mais baixos.

Declarações de Jerome Powell, presidente do FED, confirmando novos cortes nos juros americanos ainda este ano, podem intensificar a queda do dólar. As revisões no Focus mostram que analistas estão menos pessimistas quanto ao câmbio no fim de 2025.

A continuidade desse movimento depende da confirmação do corte de juros pelo FED, de dados econômicos americanos que sustentem fraqueza e do comportamento da política monetária brasileira. Se o Brasil mantiver a Selic elevada, o real pode continuar valorizando frente ao dólar.

Se o FED efetivar o corte e o Brasil mantiver a Selic elevada, o real provavelmente continuará valorizando frente ao dólar. Caso contrário, uma reversão parcial desse movimento pode ocorrer. A reunião do FED é crucial para definir os rumos do mercado.

Indicadores no Brasil incluem o início da reunião do Copom e dados de desemprego de julho, com expectativa de 5,7%. Nos Estados Unidos, as vendas no varejo de agosto são esperadas em 0,2%, e o núcleo das vendas no varejo em 0,4%. A reunião do FED é um evento chave para os mercados globais.

Via Forbes Brasil

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.