Duas áreas com maior potencial de disrupção no Brasil, segundo fundadores de grandes VCs

Fundadores de grandes VCs apontam as duas áreas com maior potencial de disrupção no mercado brasileiro. Confira!
15/05/2025 às 12:59 | Atualizado há 3 meses
Inovação no setor financeiro
Fundos de risco veem saúde e governo como próximas fronteiras para inovação tecnológica. (Imagem/Reprodução: Exame)

O Brasil registrou progressos significativos em inovação no setor financeiro, mas especialistas apontam que saúde e gestão pública ainda são os maiores desafios. Durante um painel na Brazil Week, organizada pelo Financial Times, investidores destacaram que esses setores carecem de transformações urgentes. Martin Escobari, da General Atlantic, afirmou que o sistema de saúde enfrenta crises operacionais e financeiras, com operadoras deficitárias e serviços precários.

Escobari participou do debate ao lado de nomes como Cesar Carvalho, da Wellhub, Hernán Kazah, da Kazek, e Mate Pencz, da Loft. Juntos, esses fundos administram bilhões em recursos. Para eles, a tecnologia pode reduzir custos e melhorar a eficiência na saúde, eliminando desperdícios. “Há espaço para soluções que integrem hospitais, operadoras e pacientes”, disse Escobari.

Já a máquina pública foi citada como outro campo crítico. Pencz destacou que o governo consome até 35% do PIB, mas enfrenta altos índices de ineficiência. “Startups que simplifiquem a relação entre cidadãos, empresas e Estado podem gerar impacto massivo”, explicou. A inteligência artificial aparece como ferramenta-chave para criar serviços públicos mais ágeis.

O Pix foi elogiado como exemplo de sucesso em inovação no setor financeiro. Kazah afirmou que o sistema colocou o Brasil na vanguarda das fintechs, graças à atuação do Banco Central. “O modelo em três camadas — B2C, B2B e infraestrutura — serviu de base para avanços recentes”, disse. Agora, a IA promete personalizar serviços financeiros, como análise de risco e investimentos.

Segundo os investidores, o ecossistema brasileiro evoluiu: há mais capital, fundadores experientes e digitalização acelerada. Carvalho lembrou que, há 12 anos, faltavam recursos e saídas para startups. “Hoje, o cenário é oposto”, afirmou. Kazah reforçou que empresas devem adotar IA imediatamente: “Quem ainda planeja, já está atrasado”.

Via Exame

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.