A próxima reunião do Copom deverá manter a taxa Selic em 15% ao ano, segundo a economista Andrea Damico. Ela destaca que, apesar da estabilidade na taxa de juros, o Banco Central pode ajustar seu comunicado para refletir novas perspectivas sobre a inflação e o mercado.
O cenário brasileiro mostra sinais de resiliência no mercado de trabalho, mas há desaceleração em setores como indústria e comércio. Damico observa avanços na desinflação e reancoragem das expectativas, elementos que são fundamentais para as decisões futuras do Copom.
No âmbito externo, a pausa prevista pelo Federal Reserve nos cortes de juros não deve alterar o ritmo de afrouxamento monetário no Brasil em 2026. A economista ressalta também o impacto dos encontros internacionais na redução de incertezas e os desafios para a política monetária brasileira.
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A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) está gerando expectativas no mercado financeiro. A economista-chefe da Buysidebrazil, Andrea Damico, em entrevista ao Giro do Mercado, preve que o Banco Central (BC) deverá manter a taxa Decisão de juros no Brasil inalterada, permanecendo em 15% ao ano. Contudo, ela aponta para possíveis mudanças sutis no comunicado do BC, que podem trazer novas perspectivas sobre a inflação e as expectativas do mercado.
A manutenção da taxa Selic, segundo Damico, não impede que o Banco Central ajuste seu discurso. O cenário econômico apresenta sinais mistos, com um mercado de trabalho resiliente, mas com indícios de desaceleração em setores importantes como indústria, comércio e serviços. Esses fatores podem influenciar a Decisão de juros no Brasil e a comunicação do BC.
No que tange à inflação, a economista destaca avanços recentes no processo de desinflação, com uma reancoragem das expectativas nos últimos 45 dias. Esse movimento é crucial para as próximas decisões do Copom e para a percepção do mercado sobre a trajetória da inflação no país.
Andrea Damico também comentou sobre a atuação de Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, ressaltando sua postura técnica diante das pressões políticas. Ela acredita que Galípolo está mais alinhado com o corpo técnico do BC, o que pode favorecer decisões baseadas no cenário econômico e não em influências externas.
Apesar de considerar pouco provável uma redução da Selic em dezembro, devido à comunicação ainda considerada dura do BC, a economista vislumbra condições técnicas para uma queda de juros em janeiro. Essa perspectiva dependerá da evolução do cenário econômico e da comunicação do Banco Central nas próximas semanas.
No cenário internacional, a possível pausa no ciclo de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro não deve alterar a perspectiva de afrouxamento monetário no Brasil no início de 2026. A economista ressalta que o diferencial de juros ainda é muito grande, o que minimiza o impacto de uma eventual não-queda do Fed.
Ainda sobre o ambiente externo, a redução das incertezas globais após encontros entre líderes dos Estados Unidos, China e Brasil é vista como um fator positivo. No entanto, o discurso mais duro do Fed pode impulsionar o dólar e pressionar moedas emergentes, exigindo atenção por parte das autoridades brasileiras.
Para Andrea Damico, o recente rali do Ibovespa reflete a combinação de fatores externos e a expectativa de queda da Selic no Brasil. Se o BC reconhecer que a inflação corrente e as expectativas estão melhores, o índice pode continuar a ser impulsionado, gerando novas oportunidades no mercado financeiro.
Ao analisar a Decisão de juros no Brasil, é essencial considerar tanto os fatores internos quanto externos. A postura do Banco Central, a evolução da inflação e o cenário global são elementos-chave para entender os rumos da economia brasileira e as perspectivas para os investidores.
A atenção do mercado se volta agora para os próximos comunicados do Banco Central e para os dados econômicos que serão divulgados nas próximas semanas. A Decisão de juros no Brasil continua sendo um dos principais indicadores para a tomada de decisões de investimento e para a avaliação do cenário econômico como um todo.
Via Money Times
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