Eduardo Bolsonaro se torna interlocutor direto com Trump

Eduardo Bolsonaro assume papel de comunicação direta com o governo Trump, ignorando o Itamaraty.
21/07/2025 às 10:23 | Atualizado há 1 dia
Relações Brasil e EUA
Eduardo Bolsonaro se destaca em meio à crescente tensão entre Brasil e EUA. (Imagem/Reprodução: Danuzionews)

Em um cenário de crescentes tensões diplomáticas, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem atuado como principal elo entre o Brasil e os Estados Unidos, especialmente junto ao círculo de Donald Trump. Paralelamente, o comentarista Paulo Figueiredo tem trabalhado junto a Eduardo, o que gerou desautorização da diplomacia oficial brasileira. O Itamaraty ficou à margem das decisões cruciais com a nova administração americana.

A embaixadora do Brasil em Washington, Maria Luísa Escorel, antecipou seu retorno de férias na tentativa de reconectar-se com a Casa Branca, conforme noticiado pela CNN. Em busca de diálogo com o alto escalão do governo Trump, a embaixadora recebeu uma resposta concisa: “É tarde demais”. Diplomatas relatam que o episódio marcou o enfraquecimento da representação institucional do Brasil nos EUA, agora ofuscada pela atuação de Eduardo Bolsonaro.

Uma reportagem do Washington Post revelou que Eduardo Bolsonaro manteve encontros frequentes na Casa Branca, buscando pressionar o governo dos EUA a aplicar sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky. Quatro fontes confirmaram a participação de Eduardo nas negociações, e duas delas afirmaram ter visto uma minuta de sanções já preparada, indicando um avanço maior do que o esperado pelo Itamaraty.

Paulo Figueiredo, influenciador de direita investigado por envolvimento em um suposto plano de golpe em 2022, tem atuado como conselheiro e interlocutor nas reuniões com autoridades americanas. Juntos, eles entregaram dossiês, fizeram lobby com congressistas republicanos e insistiram em medidas contra Moraes, retratado como um símbolo de autoritarismo judicial. A dupla se encontrou com funcionários da Casa Branca inúmeras vezes.

A atuação de ambos causou perplexidade entre diplomatas brasileiros. Integrantes do Itamaraty afirmam que o governo Lula não foi consultado sobre a revogação dos vistos de ministros do STF, nem notificado sobre sanções em estudo. A percepção é de que a estrutura institucional brasileira foi negligenciada, substituída por uma rede informal de influência alinhada aos interesses da família Bolsonaro.

No Palácio do Planalto, o clima é de alerta. Assessores do presidente Lula classificam o momento como uma ruptura inédita nas Relações Brasil e EUA. Entre as medidas em análise estão o retorno da embaixadora ao Brasil e uma reavaliação da política externa diante da interlocução direta entre Eduardo Bolsonaro e o governo Trump.

A situação evidencia uma transformação na dinâmica das Relações Brasil e EUA, com a diplomacia tradicional sendo suplantada por canais informais. A influência de figuras como Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo no governo americano levanta questões sobre o futuro das Relações Brasil e EUA e a representatividade do país no cenário internacional. O governo brasileiro avalia as implicações desse novo cenário e busca alternativas para mitigar os impactos negativos.

As tensões nas Relações Brasil e EUA podem impactar acordos bilaterais e negociações em andamento. A postura do governo brasileiro diante dessa nova realidade será crucial para determinar o futuro das Relações Brasil e EUA.

Via Danuzio News

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.