Eike Batista apresenta uma visão otimista sobre a supercana no Brasil. Ele acredita que, em duas décadas, essa variedade poderia ocupar 30% das áreas de plantio de cana convencional. O projeto visa revolucionar a produção de etanol e biomassa, superando desafios de produtividade.
A supercana se destaca por produzir até três vezes mais etanol por hectare, além de gerar uma biomassa significativamente maior. Se 30% das áreas de cana fossem convertidas, a produção total poderia alcançar 900 milhões de toneladas. Contudo, a capacidade do mercado para processar essa quantidade ainda é incerta.
Os avanços tecnológicos e o aumento na demanda por etanol são cruciais para o sucesso do projeto. Eike defende a criação de indústrias para a supercana, enquanto o setor enfrenta desafios como a concorrência de carros elétricos e novas fontes de combustível. O caminho é desafiador, mas o potencial é imenso.
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O ex-bilionário Supercana de Eike Batista visualiza um futuro promissor para o setor sucroalcooleiro brasileiro. Ele aposta que, em duas décadas, sua supercana poderá ocupar 30% das áreas de plantio atualmente dedicadas à cana convencional. O projeto ambiciona revolucionar a produção de etanol e biomassa, superando os entraves de produtividade que o setor enfrenta há anos.
A supercana se destaca por prometer uma produção de etanol de duas a três vezes maior por hectare, além de gerar de 10 a 12 vezes mais biomassa que a cana tradicional. Diante de um cenário de estagnação na produtividade dos canaviais, a inovação surge como uma possível solução para impulsionar o setor.
Considerando o cenário proposto por Eike Batista, qual seria o impacto na produção total de cana-de-açúcar no Brasil? Marcelo Di Bonifácio, analista da StoneX, fez uma projeção interessante. Se 30% da área cultivada com cana no país fosse convertida para a supercana, com uma produtividade de 180 toneladas por hectare (TCH), e os 70% restantes mantivessem a cana convencional com 70 a 90 TCH, a produção total alcançaria 900 milhões de toneladas.
Ainda que representasse um aumento expressivo, quase 200 milhões de toneladas acima do recorde da safra 2023/2024, essa projeção pode ser considerada irreal no curto prazo. Segundo Marcelo Di Bonifácio, o mercado não possui capacidade de processar tal volume de cana, o que geraria uma sobreoferta de produtos. Ele considera que, para atingir esse patamar em 20 anos, seria necessário investir em novas indústrias e aumentar significativamente a demanda por etanol.
Eike Batista, por sua vez, acredita que o Brasil pode experimentar um boom industrial, impulsionado pela produção do maquinário necessário para processar a supercana. Ele defende a criação de plantas industriais específicas para essa nova variedade de cana.
Para que essa visão se concretize, é fundamental que ocorram avanços tecnológicos e um aumento no consumo de etanol. Marcelo Di Bonifácio ressalta que existem desafios a serem superados, como o ciclo limitado do etanol no longo prazo, a entrada de carros elétricos no mercado e o mercado ainda incipiente de SAF (Combustível Sustentável de Aviação).
Ainda assim, outros fatores podem impulsionar o projeto da Supercana de Eike Batista. Entre eles, a redução dos incentivos governamentais ao consumo de gasolina e o desenvolvimento de combustíveis alternativos, como o uso do etanol no transporte marítimo. Atualmente, o etanol de milho tem ganhado espaço no mercado, e o consumo de açúcar enfrenta limitações globais. Diante desse cenário, é difícil prever um aumento significativo na demanda que justifique uma produção de 900 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, mesmo a longo prazo.
Via Money Times
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