As atenções se voltam para dois estados americanos, separados por uma distância considerável, onde as próximas Eleições nos EUA de terça-feira servirão como um termômetro para medir a força do apoio ao ex-presidente Donald Trump e seus aliados republicanos. Além disso, elas podem indicar um possível ressurgimento do Partido Democrata.
No estado de Wisconsin, a disputa pelo controle da Suprema Corte local, impulsionada por investimentos massivos que se aproximam dos US$ 100 milhões, transformou-se em um referendo sobre a influência crescente de Elon Musk na política nacional. Paralelamente, na Flórida, as eleições especiais para cadeiras na Câmara dos Representantes demonstram um cenário mais competitivo do que o esperado, gerando apreensão entre os republicanos.
O apoio de Elon Musk ao candidato conservador Brad Schimel, em Wisconsin, representa um investimento considerável na política local. O bilionário e grupos associados destinaram mais de US$ 25 milhões para financiar uma campanha de base, com o objetivo de mobilizar eleitores.
O esforço incluiu desde o envio de mobilizadores até o financiamento de anúncios de rádio, buscando fortalecer a imagem de Schimel como um aliado de Trump. Além disso, a doação de Musk ao Partido Republicano de Wisconsin demonstra a amplitude de seu envolvimento nas Eleições nos EUA.
Caso a estratégia de Musk seja bem-sucedida, os republicanos de Wisconsin esperam obter decisões favoráveis em questões como direitos de aborto e acesso à votação. No entanto, a participação de Musk pode ter um custo político para Schimel.
Pesquisas indicam que Musk é tão impopular quanto Trump entre os democratas de Wisconsin, o que pode prejudicar a candidatura de Schimel. Sarah Godlewski, Secretária de Estado democrata de Wisconsin, questiona se o homem mais rico do mundo pode comprar uma eleição.
Os democratas têm demonstrado um otimismo cauteloso, impulsionado por vitórias em eleições especiais em Iowa e Pensilvânia. Além disso, a rejeição de propostas de emendas constitucionais na Louisiana demonstra um possível fortalecimento do partido.
A disputa em Wisconsin e, em menor escala, na Flórida, será crucial para determinar se essas vitórias são isoladas ou um prenúncio de um ressurgimento democrata nas Eleições nos EUA. Uma vitória de Susan Crawford, candidata liberal, impulsionaria uma nova resistência contra Trump.
Temendo o impacto financeiro de Musk, os democratas ajudaram Crawford a quebrar recordes de arrecadação de fundos. A deputada estadual Greta Neubauer afirma que o partido está descobrindo o caminho a seguir.
Na Flórida, os republicanos esperavam ampliar sua maioria na Câmara, mas a disputa tornou-se mais acirrada do que o previsto. O oponente democrata de Randy Fine, Josh Weil, arrecadou mais recursos, gerando preocupações sobre a vitória republicana.
O resultado das Eleições nos EUA na Flórida será um indicador importante da competitividade dos democratas no estado. A última corrida para a Suprema Corte de Wisconsin custou cerca de US$ 56 milhões, atraindo 1,8 milhão de eleitores.
Com os gastos se aproximando dos US$ 100 milhões, a participação eleitoral será um fator determinante. A America Votes estima que mais de 2 milhões de habitantes de Wisconsin devem votar.
A influência de Musk nas eleições levanta questões sobre o futuro do processo eleitoral nos Estados Unidos. Uma vitória em Wisconsin encorajaria Musk a investir ainda mais em candidatos republicanos, o que poderia aumentar a influência de Trump.
A Tesla, empresa de Musk, possui um caso pendente nos tribunais de Wisconsin, o que demonstra um possível conflito de interesses. Uma derrota para os conservadores não impediria Musk de gastar em eleições, mas demonstraria que ele pode ser derrotado com recursos e apoio popular.
O cenário eleitoral de Wisconsin e Flórida se mostra dinâmico e influenciado por fatores externos, como o envolvimento de Elon Musk. As eleições de terça-feira serão um importante indicador do panorama político nos Estados Unidos, revelando tendências e possíveis mudanças no cenário político nacional nas Eleições nos EUA.
Via InfoMoney
