Elon Musk sob investigação na França por alegações de algoritmo tendencioso em X

Investigação algoritmo X França: Elon Musk sob investigação por possível viés político em algoritmos do X. Saiba mais!
07/02/2025 às 18:03 | Atualizado há 6 meses
Investigação algoritmo X França
Investigação algoritmo X França

Autoridades francesas iniciaram uma Investigação algoritmo X França sobre a plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter, pertencente a Elon Musk. A denúncia aponta para um possível viés nos algoritmos da rede social. A Franceinfo divulgou a informação, citando uma declaração oficial.

A investigação acontece poucos dias antes de uma importante cúpula sobre inteligência artificial em Paris. A cúpula reunirá líderes globais, incluindo o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. Executivos da Alphabet e Microsoft também participarão do evento.

Tanto o escritório do promotor de Paris quanto a empresa X não se manifestaram sobre o assunto até o momento, segundo informações da agência de notícias Reuters.

A investigação ressalta a preocupação crescente em relação ao poder exercido por plataformas de mídia social como o X. Recentemente, Elon Musk utilizou a plataforma para apoiar causas e partidos de direita em países como Alemanha e Reino Unido. Isso gerou preocupações sobre interferência política externa.

O legislador centrista Eric Bothorel relatou à unidade de crimes cibernéticos J3 do escritório do promotor de Paris suas preocupações sobre o uso de algoritmos tendenciosos pelo X. Ele fez a denúncia por meio de uma publicação na própria plataforma X.

De acordo com informações da Franceinfo, que cita o escritório do promotor público de Paris, os algoritmos do X podem “distorcer o funcionamento de um sistema automatizado de processamento de dados”. As autoridades estão analisando o caso e realizando verificações técnicas.

Bothorel afirmou em publicação no X ter enviado uma carta ao escritório do promotor em 12 de janeiro, relatando suas preocupações. A unidade J3, responsável pela investigação, já atuou em casos similares. No ano passado, a unidade investigou e prendeu Pavel Durov, fundador do Telegram.

Durov, atualmente em liberdade condicional, nega as acusações. O Telegram, entretanto, afirmou estar colaborando com as autoridades para remover conteúdo ilegal. A unidade J3 já demonstrou disposição em utilizar leis mais rígidas para responsabilizar proprietários de grandes plataformas.

Vale lembrar que o X enfrentou um bloqueio de mais de cinco meses no Brasil em 2024, por não conseguir conter a propagação de desinformação. A plataforma foi liberada após cumprir uma ordem do Supremo Tribunal Federal.

Via Folha de S.Paulo

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