Embedded finance deve movimentar US$ 13,8 bilhões no Brasil até 2029

Embedded finance no Brasil deve alcançar US$ 13,8 bi até 2029 com crescimento acelerado no setor.
03/11/2025 às 17:41 | Atualizado há 8 horas
               
Embedded finance no Brasil
Embedded finance integra serviços financeiros direto em plataformas digitais. (Imagem/Reprodução: Startupi)

A integração de serviços financeiros em plataformas não bancárias está revolucionando o mercado brasileiro. Empresas de diversos setores têm adotado o embedded finance para oferecer pagamentos e financiamentos sem se tornarem instituições financeiras reguladas.

Estudos indicam que o segmento terá crescimento anual de 26,2%, movimentando US$ 13,8 bilhões até 2029. Isso reflete a demanda por soluções financeiras mais integradas e eficientes para consumidores e empresas.

O Brasil conta com infraestrutura tecnológica, como Pix e Open Finance, que favorecem essa expansão. Apesar dos desafios regulatórios, a tendência é ampliar a adoção do embedded finance, facilitando o acesso a serviços financeiros em vários setores.
A integração de serviços financeiros em plataformas não bancárias está transformando o cenário de negócios no Brasil. Essa abordagem, conhecida como Embedded finance no Brasil, permite que empresas de diversos setores ofereçam soluções como pagamentos, financiamentos e gestão de recursos sem a necessidade de se tornarem instituições financeiras regulamentadas.

Um estudo da Research and Markets, com análises da PayNXT360, prevê um crescimento anual de 26,2% para o setor. Estima-se que o Embedded finance no Brasil movimente US$ 13,8 bilhões até 2029. Esse crescimento reflete a crescente demanda por experiências de compra e relacionamento mais integradas e eficientes.

Victor Papi, da Transfeera, destaca que essa tendência atende às necessidades do mercado, permitindo que as empresas reduzam processos burocráticos e ampliem suas fontes de receita. A chave é a capacidade de integrar serviços financeiros diretamente nas operações existentes, criando um ecossistema mais dinâmico e acessível.

Varejistas, aplicativos de mobilidade e plataformas de e-commerce são os principais adeptos do Embedded finance no Brasil. No entanto, setores tradicionais como agricultura e indústria também começam a adotar essas tecnologias, impulsionados por interfaces de programação abertas (APIs).

A facilidade de implementação tem crescido. “Qualquer operação online capaz de processar transações pode implementar funcionalidades bancárias”, explica o executivo. Franquias e cooperativas, com forte relação com seus clientes e acesso a informações, possuem um grande potencial nesse mercado.

Entre os benefícios do Embedded finance no Brasil, estão a maior autonomia sobre os fluxos de caixa, a redução da burocracia e a simplificação da contabilidade. Essa transformação permite que as empresas vejam os recursos financeiros como um componente estratégico, e não como um obstáculo.

O Brasil oferece um ambiente favorável ao desenvolvimento do Embedded finance no Brasil. A infraestrutura do Pix, o sistema Open Finance e um ambiente regulatório que incentiva a inovação são fatores importantes. A população brasileira está cada vez mais aberta a soluções digitais para gerenciar seu patrimônio.

Apesar do cenário promissor, existem desafios a serem superados, como a conformidade legal, a escolha de parceiros tecnológicos e a integração com sistemas contábeis já estabelecidos. A expectativa é que, em breve, o acesso a financiamentos e a realização de transações bancárias sejam comuns em ambientes não bancários, mas operados por instituições regulamentadas.

Essa divisão de responsabilidades permite que as empresas expandam seus serviços sem enfrentar processos regulatórios complexos. Assim, podem se concentrar em suas áreas de atuação enquanto especialistas cuidam da parte financeira.

A implementação do Embedded finance no Brasil não exige grandes investimentos ou conhecimento técnico avançado. Parcerias estratégicas permitem começar com soluções simples, como a automação de cobranças, e expandir gradualmente.

Redes de franquias podem centralizar pagamentos de royalties, oferecer capital de giro ou criar programas de fidelidade integrados às suas plataformas. Cooperativas agrícolas podem fornecer financiamento de insumos diretamente em seus portais de pedidos, eliminando intermediários.

Via Startupi

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.