Em 2026, Belém sediará o AgForest Lab, laboratório vivo para sistemas agroflorestais que visa impulsionar a bioeconomia da Amazônia. Localizado na Embrapa Amazônia Oriental, o espaço abrange 213 hectares para experimentação de práticas sustentáveis.
O projeto busca acelerar o desenvolvimento tecnológico e a adoção de sistemas agroflorestais em até 37 milhões de hectares no Brasil, atraindo investidores e apoiadores como a FAO. O laboratório oferece um ambiente para testes com culturas regionais como açaí, cacau e dendê.
A iniciativa também fortalece a conservação da floresta e o desenvolvimento socioeconômico local, promovendo práticas agroecológicas que aumentam a diversidade e a resiliência climática na região amazônica.
Em 2026, Belém, no Pará, se tornará palco de um novo projeto: o AgForest Lab, um laboratório vivo de sistemas agroflorestais (SAFs). A iniciativa, apresentada na AgriZone durante a COP30, funcionará como um centro de experimentação e vitrine para toda a Amazônia, impulsionando a Bioeconomia da Amazônia e ampliando a área de impacto dos SAFs para 37 milhões de hectares no Brasil.
O AgForest Lab, localizado na Embrapa Amazônia Oriental, se estende por 213 hectares e é o segundo farm lab da empresa, seguindo o modelo do AgNest em Jaguariúna (SP). O foco principal é a experimentação integrada em campo, visando o desenvolvimento de soluções inovadoras para o futuro da agricultura na região.
A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, destaca que o AgForest Lab surge como uma oportunidade para fortalecer a Bioeconomia da Amazônia, acelerando o compartilhamento de tecnologias durante a COP30. Ana Euler, diretora de Inovação da Embrapa, acredita que o projeto atrairá investidores dispostos a transformar a Amazônia, beneficiando produtores de todos os portes.
O projeto conta com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Amy Duchelle, líder do setor de florestas e clima da FAO, ressalta a importância do laboratório vivo para concretizar conceitos como Bioeconomia da Amazônia e inovação. O pesquisador Vitor Mondo destaca que a iniciativa preenche uma lacuna, permitindo que agentes locais e internacionais verifiquem práticas sustentáveis na região.
A escolha de Belém para sediar o AgForest Lab é estratégica, já que o local possui terras altas, áreas de várzea e pastagens degradadas. Essa diversidade possibilita acompanhar a transformação de uma propriedade real, com dimensões entre um pequeno campo experimental e uma grande fazenda agrícola, segundo Mondo. Culturas como açaí, cacau e dendê têm potencial para serem cultivadas na fazenda produtiva.
Rodrigo Freire, da The Nature Conservancy (TNC) na Amazônia, enfatiza a relevância dos SAFs, destacando que os arranjos agroflorestais amazônicos são os mais ricos e consolidados do mundo. Os SAFs desempenham um papel crucial na adaptação climática, uma vez que cadeias com menor biodiversidade são mais suscetíveis aos impactos. No Pará, o cacau já é produzido em sistemas agroflorestais, gerando alto valor social e benefícios para a pecuária de corte familiar, impulsionando a Bioeconomia da Amazônia.
A criação do AgForest Lab representa um passo importante para impulsionar a Bioeconomia da Amazônia, promovendo a pesquisa, o desenvolvimento de tecnologias e a adoção de práticas sustentáveis na região. A expectativa é que o projeto atraia investimentos e gere benefícios para produtores, comunidades locais e para a conservação da floresta amazônica.
Via Forbes Brasil