Empreendedor que começou com alfajores caseiros deve faturar R$ 30 milhões

Veja como um empreendedor que começou com doces caseiros alcançou R$ 30 milhões em faturamento.
15/06/2025 às 11:19 | Atualizado há 3 meses
História da Odara Alfajores
Doce sonho: de receitas caseiras a R$ 30 milhões em faturamento. (Imagem/Reprodução: Exame)

Em países como Argentina e Uruguai, o alfajor é parte integral da cultura local, presente em lancheiras e pausas para café. Enquanto isso, no Brasil, o costume de consumir este doce começou a tomar forma nas últimas duas décadas, especialmente após a chegada da empresa Havanna. Uma marca brasileira que se destacou nesse cenário é a História da Odara Alfajores, fundação que surgiu há 12 anos, quando Jeison Scheid começou a vender alfajores artesanais à beira da praia de Ferrugem, em Santa Catarina.

Atualmente, a Odara atende mais de 10.000 pontos de venda em todo o Brasil e possui uma linha industrial que produz 15.000 unidades por hora. Para este ano, a empresa tem como meta um faturamento de 30 milhões de reais. Em maio, a Odara alcançou um marco significativo ao produzir 1 milhão de unidades em um único mês, um feito que se torna ainda mais notável quando se considera o contexto de um ano atrás, quando a fábrica foi severamente afetada por enchentes que atingiram Porto Alegre.

Tiago Kaplan, diretor financeiro e sócio da Odara, enfatiza a importância dessa recuperação. “Em maio do ano passado, a gente não conseguiu fazer um alfajor sequer. Agora, batemos o recorde. Foi um marco simbólico para o time inteiro”, relata. A marca agora planeja ampliar sua capacidade industrial e expandir sua presença no Sudeste. Também está considerando a criação de um terceiro turno para atender à crescente demanda.

A fundação da Odara remonta a 2013, quando Jeison decidiu mudar sua vida e se dedicar a produzir 80 alfajores por dia, vendendo diretamente aos turistas. O termo “Odara” foi inspirado no sânscrito e significa paz e tranquilidade, refletindo o que ele desejava naquele momento. Posteriormente, Jeison montou a primeira fábrica em Porto Alegre, que começou pequena, com foco na distribuição.

A verdadeira transformação da empresa ocorreu em 2022, com a entrada de Kaplan no time de gestão, fortalecendo as áreas de finanças e administração. Isso ajudou a moldar a Odara como uma referência no ramo dos alfajores, com São Paulo se consolidando como seu principal mercado.

Após as enchentes de 2024, que inundaram a fábrica e causaram a destruição de maquinário, a Odara enfrentou um período desafiador de inatividade de dois meses. Durante esse tempo, a prioridade foi ajudar as pessoas afetadas pela enchente, inclusive seus colaboradores. Numa estratégia ousada, a empresa lançou uma pré-venda em seu e-commerce, arrecadando mais de 600 mil reais, o que permitiu honrar seus compromissos.

A produção foi retomada aos poucos, com foco na recuperação e estabilização da operação. Em agosto, o portfólio completo da Odara foi finalmente restabelecido. Para 2025, a marca pretende diversificar seus produtos e recentemente lançou dois novos sabores em parceria com a Nestlé, que foram um sucesso instantâneo em suas vendas online.

Hoje, a Odara opera com 80% da capacidade de produção e avalia a introdução de um terceiro turno, além de ter restaurado um equipamento essencial para a eficiência da produção. Apesar do crescimento, a internacionalização ainda não está nos planos, já que a Odara vê um grande potencial de expansão no mercado brasileiro.

A meta de alcançar 30 milhões de reais em faturamento em 2025 representa um crescimento ambicioso diante dos 21 milhões de 2024, e a empresa acredita firmemente que o mercado de alfajores no Brasil ainda possui grande potencial para ser explorado.

Via Exame

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.