Em maio, o mercado de trabalho dos Estados Unidos apresentou um aumento inesperado nas vagas de emprego nos EUA. No entanto, houve uma diminuição nas contratações, o que gerou sinais de enfraquecimento do mercado. A incerteza em relação às tarifas do governo Trump sobre as importações, junto com o término de uma pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas, contribuiu para esse cenário.
De acordo com a pesquisa Jolts do Departamento do Trabalho, divulgada nesta terça-feira, as vagas de emprego em aberto, um indicador da demanda por mão de obra, cresceram em 374 mil, totalizando 7,769 milhões no último dia de maio. Contudo, economistas consultados pela Reuters esperavam um número menor, cerca de 7,30 milhões de vagas.
Ainda segundo a pesquisa, as contratações tiveram uma queda de 112 mil, atingindo 5,503 milhões em maio. As demissões também apresentaram um recuo, com uma diminuição de 188 mil, chegando a 1,601 milhão. A falta de clareza sobre o futuro das tarifas recíprocas após o dia 9 de julho, quando expirou a pausa de 90 dias estabelecida pelo governo Trump, tem deixado as empresas em uma situação de incerteza, dificultando o planejamento a longo prazo.
Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, declarou que os parceiros comerciais ainda poderão enfrentar tarifas mais elevadas. Uma pesquisa do Conference Board revelou que a parcela de consumidores que consideravam os empregos “abundantes” atingiu o nível mais baixo em mais de quatro anos em junho.
Economistas da Reuters estimam que o relatório de emprego do governo, a ser divulgado na quinta-feira, indicará um aumento na taxa de desemprego para 4,3% em junho, um aumento de 0,1% com relação a maio. A expectativa é que tenham sido criadas 110 mil vagas de emprego fora do setor agrícola, em comparação com as 139 mil criadas em maio. A divulgação do relatório de emprego foi antecipada devido ao feriado do Dia da Independência na sexta-feira.
Via Forbes Brasil
