A Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT) entrou com uma nova ação contra o iFood no Cade. A denúncia reflete preocupações sobre o favorecimento do iFood em relação a seu próprio cartão de benefícios. A ABBT representa empresas renomadas do setor e busca esclarecer práticas que poderiam ser anticompetitivas.
Em uma tentativa anterior, a ABBT já havia acionado o Cade, mas o processo foi arquivado por falta de evidências. Agora, a associação acredita ter fundamentos suficientes para mostrar que o iFood prejudica a concorrência com ações de auto benefício. A denúncia inclui alegações de que o iFood oferece cupons exclusivos e vantagens específicas aos usuários de seu cartão de benefícios.
A ABBT afirma que as práticas do iFood podem representar um risco para o mercado de benefícios. Em resposta, o iFood declarou compromisso com a transparência e anunciou que está colaborando com as investigações do Cade. A expectativa é que a nova denúncia resulte em uma análise mais aprofundada da situação.
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A Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT) moveu novamente uma ação contra o iFood no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A denúncia, focada no iFood Benefícios no Cade, alega que a empresa favorece seu próprio cartão de benefícios em detrimento de outras operadoras no mercado.
A ABBT, que representa grandes nomes como Alelo, Pluxee, Ticket e VR, já havia acionado o Cade contra o iFood anteriormente. Na primeira ocasião, o processo foi arquivado por falta de evidências que comprovassem práticas anticompetitivas. Agora, a associação tenta novamente argumentar que o iFood estaria utilizando sua posição de destaque para beneficiar o iFood Benefícios.
Segundo a ABBT, o iFood oferece vantagens exclusivas para usuários do iFood Benefícios, como cupons de desconto e acesso ao Clube iFood. A associação também alega que o iFood oferece condições diferenciadas para empresas que adotam o iFood Benefícios para seus funcionários. Essas práticas, segundo a ABBT, configuram favorecimento próprio (self-preferencing) e subsídios cruzados.
Para ilustrar a denúncia, a ABBT cita dois casos específicos. Em um deles, uma emissora de TV teria recebido para cada funcionário assinatura grátis do Clube iFood, cinco cupons mensais de 25% e cupons de desconto na entrega. Em outro caso, a Petrobras teria recebido seis cupons mensais de R$ 20, um cupom de R$ 50 e cinco cupons de 25% para cada usuário.
A ABBT argumenta que o ecossistema do iFood representa um risco sistêmico para o setor de benefícios. A associação espera que o Cade investigue as práticas do iFood e determine se a empresa está prejudicando a concorrência de forma ilegal.
Em resposta às acusações, o iFood afirmou que está comprometido com a transparência e colaboração com as autoridades antitruste. A empresa declarou já ter respondido a todas as solicitações do Cade e fornecido informações para auxiliar na investigação. O iFood também reafirmou que não discrimina vales-benefício concorrentes em sua plataforma e que permanece à disposição para colaborar com o Cade.
Em maio de 2022, a ABBT já havia acionado o Cade contra o iFood, alegando que a empresa favorecia seu próprio vale-refeição. Na época, a associação argumentou que o iFood utilizava dados coletados para criar um perfil detalhado do consumidor, oferecia descontos maiores que os concorrentes e dava preferência ao iFood Benefícios no aplicativo.
A Superintendência Geral do Cade arquivou o inquérito em outubro de 2022, por considerar que não havia indícios de práticas anticompetitivas. Resta saber se, desta vez, o Cade dará prosseguimento à denúncia da ABBT e abrirá uma nova investigação contra o iFood.
Via Tecnoblog
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