Empresas brasileiras devem antecipar emissão de dívida em 2026 por causa da volatilidade eleitoral, afirma HSBC

HSBC aponta que empresas brasileiras planejam antecipar emissões de dívida em 2026 para fugir da volatilidade do ano eleitoral.
18/12/2025 às 20:21 | Atualizado há 1 dia
               
Empresas brasileiras antecipam dívidas para evitar impactos no mercado em 2026. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

O mercado de dívida corporativa no Brasil deve apresentar forte movimentação a partir de 2026, segundo o diretor-executivo de Corporate Banking do HSBC Brasil, Marcelo Soares. Empresas planejam adiantar emissões para evitar a volatilidade típica dos anos eleitorais, especialmente devido à eleição presidencial e outros cargos importantes. A redução da Selic e um cenário externo favorável com juros internacionais em queda também devem influenciar o mercado.

Além dos emissores tradicionais, novos players poderão surgir buscando acesso internacional, especialmente em projetos de infraestrutura com incentivos. Apesar da movimentação no mercado de dívida, o mercado de ações deve permanecer mais conservador, com poucas ofertas públicas iniciais devido à instabilidade macroeconômica esperada para 2026.

O HSBC destaca que o Brasil está bem posicionado, com spreads de crédito históricos baixos e liquidez internacional elevada, o que pode ajudar as empresas a captarem recursos com melhores condições antes do período eleitoral.

O mercado de dívida corporativa no Brasil deve ficar bastante agitado a partir de 2026, segundo o diretor-executivo de Corporate Banking do HSBC Brasil, Marcelo Soares. As empresas planejam antecipar suas emissões para evitar a volatilidade comum em anos eleitorais, principalmente com a eleição presidencial marcada para outubro, que também inclui senadores, deputados e governadores.

Soares destaca que a redução da Selic será outro fator importante a acompanhar no próximo ano, influenciando o comportamento do mercado ao longo de 2026. Além disso, o cenário externo contribui para um ambiente favorável, com queda dos juros nos Estados Unidos, liquidez internacional expressiva e maior apetite do investidor por mercados emergentes. O Brasil, segundo o executivo, está bem posicionado, pois os spreads de crédito globais estão em níveis historicamente baixos.

O movimento no mercado de dívida deve começar com emissores frequentes, mas também haverá entrada de novos nomes buscando acesso internacional pela primeira vez. Tradicionalmente dominado por exportadores, o mercado externo vê crescimento nos projetos ligados a infraestrutura, com incentivos que tendem a impulsionar emissões.

Apesar do avanço na dívida corporativa, a atividade no mercado de ações permanece mais contida, com poucas ofertas públicas iniciais (IPO) e ofertas subsequentes. Isso ocorre porque a instabilidade macroeconômica esperada para o ano eleitoral afeta o apetite para novas operações.

Via MoneyTimes

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