Empresas chinesas de IA podem transformar o setor, superando a DeepSeek

Conheça as promissoras empresas chinesas de IA que podem revolucionar o mercado e quais inovações elas trazem.
13/04/2025 às 05:32 | Atualizado há 5 meses
Empresas chinesas de IA
DeepSeek inspira novas startups na China, como a Butterfly Effect e seu sistema Manus. (Imagem/Reprodução: Forbes)

No cenário global da inteligência artificial (IA), as Empresas chinesas de IA têm ganhado destaque, transformando o panorama tecnológico. Um exemplo notório é a DeepSeek, que, com um modelo de código aberto, desafiou gigantes americanas. Esse feito, somado a outros avanços, impulsiona a IA chinesa, colocando-a no centro das atenções e fomentando debates sobre seu impacto e potencial.

Apesar de não figurarem em listas como a AI 50 devido à falta de transparência financeira, as Empresas chinesas de IA merecem reconhecimento. Elas têm causado um impacto significativo, especialmente com a criação de modelos de código aberto acessíveis globalmente. Entre elas, destacam-se gigantes como Tencent, com seu aplicativo de geração de vídeos Hunyuan, e ByteDance, controladora do TikTok, que desenvolve modelos espaciais.

O Alibaba também se destaca, sendo um forte defensor da IA na China, comparável ao Google e Meta nos EUA. Seus modelos, juntamente com os da DeepSeek, estão entre os mais populares no Hugging Face, uma plataforma para modelos de IA de código aberto. Jeff Boudier, da Hugging Face, enfatiza que o código aberto elimina barreiras geográficas, transcendendo até mesmo a “Grande Muralha de Fogo”.

A ascensão da DeepSeek inspirou outras startups chinesas, como a Butterfly Effect, que lançou o sistema de IA Manus. Essa ferramenta, que busca rivalizar com o Operator da OpenAI, pode navegar na web, analisar ações e projetar sites. Apesar de suas limitações, o Manus atraiu interesse de investidores, incluindo Jack Dorsey, cofundador do Twitter.

Enquanto a DeepSeek ajustou modelos de Meta e Alibaba, a Manus utilizou os modelos Claude da Anthropic. Rob Toews, da Radical Ventures, considera o Manus uma versão aprimorada do que a OpenAI tenta fazer com o Operator. Além disso, a China avança na robótica humanoide, com a Agibot, fundada por Peng Zhihui, fabricando robôs bípedes movidos a IA e planejando aumentar sua produção.

Kai-Fu Lee, especialista em IA, fundou a 01.AI, que utiliza a IA da DeepSeek para criar aplicativos corporativos. A empresa faz parte dos “Seis Tigres” da China, um grupo de elite de empresas de IA que inclui a MiniMax AI e a Moonshot AI.

Esses avanços ocorrem em um contexto de tensões políticas entre China e EUA. As restrições de exportação de semicondutores para a China, impostas pelo governo Biden, visam conter o crescimento da IA no país. Russell Wald, da Universidade Stanford, destaca que o foco na pesquisa acadêmica e no código aberto impulsionam os avanços chineses em IA.

O Índice de IA da HAI revela que a disputa entre EUA e China está se acirrando, com a China reduzindo a diferença no desempenho dos modelos. A abordagem de código aberto facilita o impacto global das Empresas chinesas de IA, superando as barreiras existentes entre os ecossistemas tecnológicos dos dois países.

O desenvolvimento de talentos em IA nas universidades chinesas e o apoio à pesquisa e desenvolvimento indicam um futuro promissor para as Empresas chinesas de IA. O cenário está em constante evolução e as próximas novidades podem surpreender a todos.

Via Forbes Brasil

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.