Enriquecimento de Musk sofre queda junto com ações da Tesla

O patrimônio de Elon Musk despenca em US$ 12 bilhões, refletindo a volatilidade das ações da Tesla.
24/07/2025 às 13:02 | Atualizado há 2 dias
Ações da Tesla
Bilionário revela desafios à vista para a montadora, gerando preocupação no mercado. (Imagem/Reprodução: Forbes)

Na última quinta-feira, o homem mais rico do mundo, Elon Musk, proprietário da Tesla, teve uma manhã difícil. Suas Ações da Tesla sofreram uma queda de 8%, resultando em uma perda de US$ 12 bilhões em seu patrimônio, segundo a revista *Forbes*. Essa desvalorização ocorreu no pré-mercado, com cada ação valendo US$ 303,00.

A apresentação dos resultados do segundo trimestre da montadora na quarta-feira já indicava um cenário desafiador. Musk alertou que a Tesla pode enfrentar alguns trimestres complicados. Um dos fatores contribuintes é o possível fim dos créditos fiscais federais para a compra de veículos elétricos, previsto no pacote de políticas do governo Trump, com término em 30 de setembro.

A participação de Musk na Tesla, que corresponde a cerca de 12% da empresa, viu seu valor diminuir de US$ 136,3 bilhões para US$ 124,1 bilhões. Essa diferença representa uma perda de US$ 12,2 bilhões. A fabricante de veículos elétricos registrou sua maior queda de receita trimestral em mais de dez anos, com um prejuízo de quase US$ 600 milhões em créditos regulatórios automotivos entre abril e junho.

Durante a teleconferência, Musk tentou tranquilizar os investidores, afirmando que ficaria surpreso se os números da Tesla não fossem atraentes até o final do próximo ano. Ele também mencionou que a montadora busca implementar um serviço de transporte autônomo funcional em metade dos Estados Unidos até o final de 2025, sujeito a aprovações regulatórias. Mesmo com a significativa perda, a fortuna do CEO da Tesla, estimada em US$ 414,9 bilhões, o mantém como a pessoa mais rica do mundo, de acordo com dados da *Forbes*.

Ainda sobre as Ações da Tesla, neste ano, elas recuaram 12%, embora tenham apresentado recuperação nos últimos meses, após Musk deixar o governo Trump. Alguns economistas criticaram a permanência de Musk no cenário político. Analistas da William Blair, por exemplo, rebaixaram a recomendação para as ações da Tesla, alegando que os investidores estavam cansados da distração.

O cenário para a Tesla se tornou mais desafiador após a assinatura do projeto que elimina o crédito fiscal para veículos elétricos. Musk se manifestou contra o corte nos incentivos para carros e outras fontes de energia limpa, classificando a medida como destrutiva para os Estados Unidos, embora tenha afirmado que todos os créditos deveriam acabar.

Para Alex Potter, analista do banco Piper Sandler, a Tesla deve responder perguntas sobre o impacto da perda dos créditos fiscais, que adicionaram US$ 3,5 bilhões em 2024. Potter afirmou que sua equipe permanece otimista, prevendo uma redução modesta nas receitas com créditos em 2025 e 2026, sem grandes revisões nas projeções. Dan Ives, da Wedbush Securities, escreveu que o fim dos créditos fiscais será um vento contrário para a Tesla e suas concorrentes.

Via Forbes Brasil

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.