Entidades empresariais criticam juros altos e pedem novas políticas

Entidades empresariais manifestam descontentamento com a Selic e pedem políticas monetárias e fiscais integradas.
17/09/2025 às 20:41 | Atualizado há 2 dias
Políticas monetária e fiscal
CNI alerta: sem juros justos, não há crescimento, inovação ou reindustrialização. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

As entidades empresariais brasileiras manifestaram forte descontentamento com a manutenção da taxa Selic em 15% pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Além de criticarem o nível elevado dos juros, as associações empresariais defendem um alinhamento urgente entre as políticas monetária e fiscal do país, visando um ambiente econômico mais favorável ao crescimento.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) expressou, em nota, que a decisão do Banco Central (BC) é injustificada e demonstra uma postura excessivamente conservadora. Segundo a CNI, a manutenção de juros altos impede o crescimento sustentável, a inovação e a reindustrialização, além de paralisar investimentos produtivos.

Além disso, a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) afirmou que a Selic elevada dificulta o consumo e o investimento. Roscoe defende que o equilíbrio das contas públicas e a coordenação entre as políticas fiscal e monetária são cruciais para estimular a economia brasileira.
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As entidades empresariais brasileiras manifestaram forte descontentamento com a manutenção da taxa Selic em 15% pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Além de criticarem o nível elevado dos juros, as associações empresariais defendem um alinhamento urgente entre as políticas monetária e fiscal do país, visando um ambiente econômico mais favorável ao crescimento.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) expressou, em nota, que a decisão do Banco Central (BC) é injustificada e demonstra uma postura excessivamente conservadora, mesmo diante de sinais positivos no controle da inflação e do desaquecimento da atividade econômica. Segundo a CNI, a manutenção de juros altos impede o crescimento sustentável, a inovação e a reindustrialização, além de paralisar investimentos produtivos.

Ricardo Alban, presidente da CNI, defende que o Banco Central inicie o ciclo de cortes na Selic já na próxima reunião do Copom, em novembro. Adicionalmente, Alban ressalta a necessidade de um pacto social para ajustar as contas públicas, com foco na redução de despesas, para harmonizar as políticas fiscal e monetária.

O setor produtivo brasileiro enfrenta desafios como o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a elevação das tarifas dos EUA sobre as exportações do Brasil, o que agrava a perda de competitividade.

A Associação Paulista de Supermercados (APAS) também manifestou preocupação com a política monetária do Banco Central. Felipe Queiroz, economista-chefe da APAS, acredita que há espaço para uma política monetária mais flexível, com a redução da Selic, considerando a convergência da inflação para a meta.

Queiroz avalia que a taxa de câmbio tem contribuído para a desaceleração inflacionária, mas o ritmo da atividade econômica tem sido prejudicado pela taxa de juros atual. Ele sugere uma coordenação entre o Ministério da Fazenda e o Banco Central para uma política monetária eficiente e com menos danos colaterais ao setor produtivo e ao crescimento do país.

A Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) compartilha das mesmas preocupações. Flávio Roscoe, presidente da Fiemg, afirma que a manutenção da Selic em patamar contracionista dificulta o crescimento da economia brasileira, afetando o consumo, o investimento e a competitividade das empresas. Roscoe defende que o equilíbrio das contas públicas e a coordenação entre as políticas fiscal e monetária são cruciais para a queda estrutural dos juros.

Além disso, Roscoe alertou sobre os efeitos do impasse comercial entre Brasil e Estados Unidos. Ele destacou que o aumento de tarifas exige que as empresas invistam na abertura de novos canais de comercialização, mas os juros atuais encarecem o crédito e prejudicam a competitividade das empresas brasileiras.

A manutenção da Selic em nível elevado também compromete a renda das famílias endividadas, limitando o consumo e gerando um ciclo de menos crescimento e emprego.

Diante desse cenário, as entidades empresariais enfatizam a importância de um alinhamento estratégico entre as políticas monetária e fiscal para impulsionar o desenvolvimento econômico sustentável e a competitividade do Brasil no mercado global. A busca por soluções que equilibrem o controle da inflação e o estímulo ao crescimento é fundamental para garantir um futuro econômico mais promissor para o país.

Via InfoMoney

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