Envelhecimento, saúde e benefícios sociais impactam força de trabalho e limitam crescimento do PIB

Envelhecimento, saúde e benefícios sociais reduzem a força de trabalho e afetam o crescimento do PIB no Brasil.
19/11/2025 às 18:57 | Atualizado há 1 mês
               
Envelhecimento da população
Baixa taxa de participação limita o PIB potencial e dificulta crescimento sustentável. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

A pandemia de Covid-19 afetou a quantidade de pessoas ativas no mercado de trabalho brasileiro, e essa recuperação ainda não ocorreu plenamente. Essa redução na força de trabalho tem impacto direto no Produto Interno Bruto (PIB) potencial do país, limitando o crescimento econômico mesmo diante de um cenário de juros elevados.

Estudos indicam que o envelhecimento da população e problemas de saúde, além da expansão dos benefícios sociais, contribuem para a queda na taxa de participação no mercado de trabalho. A proporção de inativos por idade avançada e por motivos de saúde aumentou nos últimos anos, enquanto programas sociais como o Bolsa Família auxiliam famílias a evitarem empregos informais e degradantes.

O Banco Central destaca que essas mudanças estruturais explicam grande parte da redução no número de trabalhadores ativos. Reverter essa tendência é fundamental para evitar perdas na capacidade produtiva do país, demandando políticas focadas em saúde e prevenção de incapacidades para melhorar a participação no mercado de trabalho.A pandemia de Covid-19 impactou o número de pessoas ativas no mercado de trabalho brasileiro, um patamar que ainda não se recuperou. Essa situação afeta diretamente o Produto Interno Bruto (PIB) potencial do país, explicando em parte a dinâmica atual do mercado, mesmo com juros altos. Entender esses fatores é crucial para o crescimento econômico.

Um relatório da Instituição Fiscal Independente (IFI) aponta que uma taxa de participação menor reduz o PIB potencial. Isso cria um desafio adicional para alcançar um crescimento econômico sustentado. A taxa de participação, que se expandiu de 2012 a 2019, recuperou-se até o final de 2021, mas permanece abaixo dos níveis pré-pandemia.

Estudos associam essa queda a fatores como o envelhecimento da população, questões de saúde e a influência dos benefícios sociais. A proporção de inativos por idade avançada subiu de 24,4% para 26,7% entre 2015-2019 e 2022-2025. A inatividade por motivos de saúde também cresceu, passando de 16,5% para 18,5% no mesmo período, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.

O Banco Central indica que as mudanças na estrutura etária do país explicam metade da redução na taxa de participação. A outra parte se deve à expansão dos benefícios sociais. Programas como o Bolsa Família, que atendeu 19 milhões de famílias em setembro de 2025 com um valor médio de R$ 680, permitem a “fuga da precariedade”. Isso significa que as pessoas podem evitar trabalhos informais e degradantes.

Se a taxa de participação retornasse aos níveis de 2012-2019, a taxa de desemprego seria de cerca de 8,8%, em contraste com os 5,6% atuais. Diagnosticar esses elementos é fundamental para evitar perdas na capacidade produtiva do país. É importante focar em políticas de saúde e prevenção de incapacidades para mitigar esses impactos.

Via InfoMoney

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.