A deputada federal Erika Hilton (PSOL) anunciou que tomará medidas legais contra o narrador Sérgio Maurício, após ser alvo de comentários considerados transfóbicos em uma publicação que a menciona. O narrador nega as acusações. A emissora Band, onde Sérgio Maurício trabalhava narrando a Fórmula 1, optou por afastá-lo de suas funções e informou que não irá se pronunciar sobre o caso.
Erika Hilton utilizou suas redes sociais para expressar sua opinião sobre o afastamento do narrador, considerando a atitude da emissora positiva. No entanto, a deputada enfatiza que o ataque à sua dignidade exige uma resposta também no âmbito criminal. Segundo ela, a discriminação motivada pela identidade de gênero é inaceitável e configura crime de ódio.
A parlamentar ressaltou que a transfobia é crime no Brasil, amparada pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de 2019, que equiparou atos de ofensas contra pessoas LGBTQIAPN+ à injúria racial, decisão que foi ratificada em 2023. Erika Hilton também agradeceu o apoio recebido de fãs, páginas e perfis dedicados à Fórmula 1, reconhecendo a importância de vozes que se levantam em defesa de minorias.
A decisão de Erika Hilton de levar o caso à Justiça reforça a importância de combater a discriminação e a violência contra a população LGBTQIAPN+. A deputada busca responsabilizar o narrador pelos seus atos e reafirmar que a transfobia não será tolerada. O caso ganha ainda mais relevância ao envolver uma figura pública e um profissional da mídia, ampliando o debate sobre respeito e igualdade.
Ao buscar a responsabilização de Sérgio Maurício na Justiça, Erika Hilton busca não apenas uma reparação individual, mas também um importante precedente na luta contra a transfobia no Brasil. A ação da deputada visa proteger os direitos da comunidade LGBTQIAPN+ e garantir que atos discriminatórios sejam devidamente punidos, contribuindo para uma sociedade mais justa e igualitária.
Via Folha Vitória
