Erros comuns de MEIs e como transformar-se em microempresa

Conheça os principais erros dos MEIs e aprenda a se tornar uma microempresa para aproveitar benefícios tributários.
31/07/2025 às 06:24 | Atualizado há 2 dias
Erros comuns de MEIs
Mais de 570 mil MEIs perderam o enquadramento em 2024. Evite esses erros comuns!. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

Ser um **Microempreendedor Individual (MEI)** vai além de ter autonomia no seu negócio e cumprir as metas de faturamento. Uma pesquisa da Contabilizei, com dados da Receita Federal, mostrou que mais de 570 mil empreendedores foram excluídos dessa categoria entre 2023 e 2024. Para evitar essa situação, é crucial conhecer os principais equívocos que podem levar ao desenquadramento.

Para auxiliar os empreendedores, a Contabilizei listou os principais problemas que podem colocar em risco a situação do MEI. Um dos erros comuns de MEIs é exercer uma atividade que não está na lista permitida para essa categoria. Ultrapassar o limite de faturamento anual de R$ 81 mil também exige o pagamento de impostos extras e pode levar à mudança de regime tributário.

A contratação incorreta de funcionários é outro ponto crítico, já que o MEI só pode ter um empregado. Além disso, o atraso no pagamento do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) gera multas, juros e pode resultar na exclusão do MEI. A não entrega da Declaração Anual do Simples Nacional (DASN) dentro do prazo também acarreta em multas e até o desenquadramento.

Outro erro comum de MEIs é misturar as finanças pessoais com as da empresa, o que compromete o controle financeiro. A falta de controle de caixa, ou seja, não registrar as receitas e despesas, dificulta o planejamento e a tomada de decisões. A não emissão de nota fiscal, quando o MEI vende para outras empresas, é outra falha que pode trazer problemas.

Manter o cadastro desatualizado é um dos erros comuns de MEIs, pois informações incorretas ou desatualizadas no CNPJ dificultam o acesso a serviços e crédito. A falta de controle de estoque também pode gerar perdas financeiras e desequilíbrio no negócio. Além disso, muitos MEIs desconhecem o que o CNPJ permite e proíbe, o que pode levar a infrações fiscais.

Muitos MEIs também deixam de aproveitar os direitos e benefícios que possuem por falta de informação. Diego Dias, vice-presidente de operações da Contabilizei, ressalta que o ideal é que o empreendedor não espere o problema acontecer para agir. Ele destaca a importância de, ao perceber que a empresa está prosperando, procurar um contador para avaliar a migração para outra categoria, como Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP).

Inclusive, um dos erros comuns de MEIs é justamente ultrapassar o limite de faturamento. Quando isso ocorre, o MEI deve comunicar o fato à Receita Federal e iniciar o processo de desenquadramento. Se o valor ultrapassado for de até 20% (até R$ 97.200), o empreendedor pode continuar como MEI até o final do ano. Acima desse valor, o desenquadramento é imediato.

Luana Bispo, líder contábil da Agilize Contabilidade, acredita que essa mudança deve ser vista como uma evolução, pois ultrapassar o teto, contratar mais um funcionário ou expandir para atividades não permitidas são sinais de crescimento. No entanto, ela reforça a importância de um planejamento para que a transição para outras categorias não gere custos extras ou falhas fiscais.

Para evitar esses erros comuns de MEIs, é fundamental que o empreendedor esteja sempre atento às normas e obrigações da categoria, buscando informações e apoio de profissionais especializados. Assim, é possível garantir a regularidade do negócio e aproveitar ao máximo os benefícios de ser um MEI.

Via InfoMoney

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.