O episódio 302 do Market Makers discutiu como o agronegócio brasileiro influencia a Faria Lima, destacando a necessidade de maior entendimento da volatilidade do setor. Marcos Jank, professor do Insper, ressalta que o mercado financeiro ainda subestima os altos e baixos estruturais do agronegócio, que não segue uma trajetória contínua de crescimento.
Além disso, Jank aponta desafios como baixa transparência e complexidades no valuation, enquanto Vitor Duarte, da Suno Asset, observa que poucos produtores concentram a maior parte da produção. A entrada do mercado de capitais mudou a dinâmica entre investidores e produtores, tornando os riscos imediatos, com impactos diretos nos fundos de investimento.
O episódio 302 do Market Makers discutiu a influência da agronegócio brasileiro na Faria Lima, evidenciando a necessidade de maior compreensão sobre a volatilidade estrutural do setor. Marcos Jank, professor do Insper, alerta que o mercado financeiro ainda subestima os altos e baixos que marcam o agronegócio, que não é uma linha ascendente contínua.
Jank também destaca desafios de governança, como a baixa transparência e o uso de livros-caixa nas operações, além da complexidade do valuation, especialmente em relação ao preço da terra. Vitor Duarte, CIO da Suno Asset, explica que um pequeno grupo de produtores, cerca de 100 mil, responde por 90% da produção econômica, representando o foco do crédito concedido pelo mercado financeiro.
Esse crédito ampliado, especialmente em 2022, favoreceu o topo da cadeia produtiva, que já utilizava financiamentos do Banco do Brasil e do Plano Safra. Duarte ressalta que o agronegócio é impactado principalmente por três fatores de volatilidade: custos, clima e preço das commodities. Apesar disso, ele aponta que a Faria Lima ou não percebeu essa característica ou preferiu ignorá-la.
A dinâmica entre produtores e investidores mudou com a entrada do mercado de capitais, incluindo FIIs e Fiagros. Antes, as negociações eram diretas, com renegociações governamentais frequentes. Agora, o risco se traduz em queda no valor das cotas e impacto imediato nos fundos, com mais de 3 milhões de pessoas investindo nesse segmento.
Via Money Times