A **Vale** e o consórcio Águas de Reúso de Vitória, em colaboração com a Cesan, deram um passo significativo em direção à sustentabilidade hídrica. A assinatura de um Memorando de Entendimentos (MoU) marca o início de uma avaliação conjunta para o fornecimento de água reciclada, proveniente do tratamento de esgoto sanitário da Grande Vitória, para uso operacional na Unidade Tubarão.
O evento de assinatura, realizado no Palácio Anchieta, contou com a presença de figuras importantes como o governador Renato Casagrande, o presidente da Cesan, Munir Abud, o diretor de Pelotização da Vale, Rodrigo Ruggiero, e o CEO da GS INIMA Brasil, Paulo Roberto de Oliveira. O projeto, que representa um investimento de aproximadamente R$ 250 milhões, tem previsão de início das operações em 2027.
O governador Casagrande enfatizou a importância do projeto, destacando que quase metade do esgoto de Vitória será transformado em água para uso industrial. Ele ressaltou que a iniciativa contribui para a preservação do meio ambiente e para o consumo humano, reduzindo a necessidade de captação de água para esses fins. O investimento demonstra uma medida responsável em cuidar, economizar e fechar o ciclo da água, especialmente diante do cenário de escassez hídrica.
Rodrigo Ruggiero, diretor da Vale, mencionou que a assinatura do MoU é uma continuidade de estudos e alternativas para reduzir o consumo industrial de água potável. A iniciativa busca soluções mais sustentáveis para o processo industrial, com a expectativa de que a Estação de Produção de Água de Reúso (EPAR) forneça pelo menos 50 litros de água por segundo para a empresa. A Cesan, por sua vez, reafirma o compromisso do Espírito Santo com a busca por soluções inovadoras em segurança hídrica.
Paulo Roberto de Oliveira, CEO da GS INIMA Brasil, enfatizou o empenho da empresa em proporcionar soluções hídricas sustentáveis tanto para a população quanto para a indústria. A meta é contribuir para a segurança hídrica e a preservação dos recursos naturais por meio deste projeto pioneiro de reciclagem de água no Espírito Santo. Dentro de seis meses, espera-se a apresentação dos resultados dos estudos e das condições técnicas e operacionais necessárias para viabilizar o suprimento de água, demonstrando um avanço rumo à sustentabilidade ambiental e econômica através do reúso de água industrial.