A crescente rivalidade entre Geopolítica EUA e China se manifesta em tarifas comerciais, restrições a plataformas como TikTok e disputas tecnológicas envolvendo empresas como OpenAI e Deepseek. Paralelamente, o governo chinês intensifica o controle sobre a inovação e a liberdade de pensamento através de políticas de censura e controle acadêmico. A possível reeleição de Donald Trump adiciona complexidade ao cenário, com uma postura que pode realinhar estratégias globais.
Trump busca uma reaproximação com a Rússia, visando isolar a China, um dos principais aliados russos. Ao fortalecer laços com Moscou, Trump almeja dividir as potências emergentes, enfraquecendo a aliança sino-russa e reconfigurando o equilíbrio geopolítico. Essa estratégia pode fragilizar a OTAN, expondo países europeus e forçando-os a adaptar suas defesas e diplomacias.
A China observa atentamente essa reconfiguração. Uma postura mais branda dos EUA em relação à Rússia pode forçar Pequim a repensar sua política externa. As opções seriam fortalecer a aliança com Moscou ou buscar novas parcerias para evitar o isolamento. Um distanciamento entre Rússia e China poderia intensificar a pressão econômica e estratégica sobre Pequim por parte do Ocidente.
A Europa pode se tornar vulnerável diante de um novo arranjo geopolítico. A aproximação entre EUA e Rússia exige que os países europeus repensem suas estratégias de defesa e busquem maior autonomia. Historicamente dependente do apoio militar dos EUA, a Europa enfrenta o desafio de investir em suas próprias capacidades militares, um esforço que envolve aspectos econômicos e culturais.
A Ucrânia é um ponto crucial para a Rússia e a Europa, representando a projeção do poder russo na Eurásia. Moscou sempre considerou a Ucrânia parte de sua esfera de influência, essencial para o controle estratégico da região. Uma possível interrupção do apoio à Ucrânia pode fortalecer a posição da Rússia e desequilibrar ainda mais o cenário geopolítico.
A estratégia de Trump de aproximar-se da Rússia para isolar a China sinaliza uma reconfiguração das alianças internacionais. Essa mudança pode acirrar as tensões globais. No conflito entre EUA e China, a Rússia pode estar em uma posição favorável para alcançar seus objetivos estratégicos sob a liderança de Putin.