Estudo aponta que fome matou mais de 60 mil pinguins-africanos na última década

Mais de 60 mil pinguins-africanos morreram por fome nos últimos anos devido ao colapso nos estoques de sardinhas.
08/12/2025 às 21:42 | Atualizado há 2 dias
               
O colapso das sardinhas, intensificado pelo clima, ameaça a vida das aves. (Imagem/Reprodução: Super)

Um estudo divulgado na revista Ostrich: Journal of African Ornithology revelou que mais de 60 mil pinguins-africanos morreram de fome entre 2004 e 2011. Essa perda representa 95% das aves nas colônias das ilhas Dassen e Robben, na costa da África do Sul, causada principalmente pela escassez de sardinhas, alimento essencial para os pinguins.

Durante a muda anual, os pinguins ficam cerca de 21 dias sem se alimentar, dependendo do acúmulo de gordura para sobreviver. A diminuição das sardinhas para menos de 25% do normal afetou essa preparação. Essa queda está ligada às mudanças climáticas, que deslocaram as áreas de desova das sardinhas, e à pesca excessiva, que atingiu até 80% em 2006 em algumas regiões.

Para proteger a população, a pesca comercial com redes de cerco foi proibida próxima às principais colônias. Mesmo assim, a espécie está criticamente ameaçada, com quase 80% de declínio em 30 anos, conforme alertam especialistas sobre o risco de extinção em uma década sem mudanças ambientais e medidas de manejo.

Um estudo divulgado na revista Ostrich: Journal of African Ornithology revelou que a fome matou mais de 60 mil pinguins-africanos entre 2004 e 2011, representando 95% das aves das colônias das ilhas Dassen e Robben, na costa oeste da África do Sul. A principal causa foi o colapso dos estoques de sardinhas, espécie fundamental na dieta dessas aves.

Durante a muda anual, quando não podem se alimentar por cerca de 21 dias, os pinguins precisam do acúmulo de gordura para sobreviver. No entanto, a oferta de sardinhas caiu para menos de 25% do normal, dificultando essa preparação. O declínio das sardinhas está associado às mudanças climáticas, que deslocaram suas áreas de desova para o sul, e à pesca excessiva, que chegou a 80% em 2006 em alguns locais.

Os dados foram coletados de monitoramentos ao longo de duas décadas, usando técnicas de captura-marcação-recaptura para estimar a sobrevivência das aves. Além disso, a pesca comercial com redes de cerco foi proibida ao redor das seis maiores colônias reprodutoras para tentar proteger a população.

A espécie enfrenta uma redução de quase 80% nos últimos 30 anos e foi considerada criticamente em perigo em 2024, com menos de 10 mil casais reprodutores restantes. Especialistas alertam que, sem mudança nas condições ambientais e medidas de manejo, os pinguins podem desaparecer em cerca de uma década.

Medidas como a restrição da pesca em momentos críticos e ações para aumentar a sobrevivência dos peixes e aves são consideradas essenciais para evitar a extinção dessa população.

Via Super

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.