Estudo indica que expressões faciais podem sinalizar risco de depressão

Pesquisa japonesa mostra como expressões faciais podem indicar tendência à depressão de forma precoce.
28/12/2025 às 15:20 | Atualizado há 3 horas
               
Sintomas leves de humor reduzem expressividade facial, facilitando detecção precoce. (Imagem/Reprodução: Super)

Um estudo da Universidade de Waseda, no Japão, aponta que expressões faciais podem indicar uma tendência à depressão, principalmente em quem apresenta sintomas leves. Gravações de universitários foram analisadas por observadores e por inteligência artificial para identificar movimentos sutis do rosto.

Os participantes com maior risco depressivo mostraram menor expressividade facial e alterações nos músculos do sorriso e do olhar, sugerindo menos vitalidade emocional. Essa descoberta reforça a importância da comunicação não verbal na identificação precoce do transtorno.

Especialistas brasileiros alertam que esses sinais não substituem um diagnóstico clínico, mas servem como complemento para uma avaliação mais cuidadosa. A observação das expressões faciais pode ajudar a identificar precocemente quem precisa de atenção especializada.

Um estudo da Universidade de Waseda, no Japão, indica que expressões faciais podem revelar uma tendência à depressão, especialmente em pessoas com sintomas leves. A pesquisa avaliou 64 universitários que gravaram vídeos curtos, e 63 jovens observadores assistiram às imagens sem áudio para analisar se eles pareciam naturais, simpáticos ou nervosos. Além disso, foi usada uma ferramenta de inteligência artificial para identificar movimentos musculares discretos.

Os resultados mostraram que participantes com maior risco depressivo apresentaram menos expressividade facial e alterações em músculos relacionados ao sorriso e ao olhar, sugerindo menor vitalidade emocional. Isso significa que a comunicação não verbal pode funcionar como um sinal prévio, ajudando na identificação precoce do transtorno.

Especialistas brasileiros ressaltam que essas mudanças não são suficientes para um diagnóstico isolado, mas podem ser um complemento às avaliações clínicas tradicionais e contribuir para o cuidado mais atento entre pessoas. Segundo a psiquiatra Jennyfer Domingues, sinais como falta de brilho no olhar e voz monótona são indicadores importantes de sofrimento emocional, mesmo antes do relato direto da tristeza.

O psiquiatra Ricardo Feldman destaca que, embora o método use tecnologia avançada, ainda é pouco acessível, mas reforça a importância da observação atenta das expressões faciais como parte de uma análise mais ampla.

Com isso, o estudo reforça a necessidade de maior atenção ao outro, sobretudo às manifestações sutis de expressões que indicam mudanças emocionais, ampliando os recursos para detectar riscos de depressão de forma precoce.

Via Super

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