Estudo revela características físicas dos primeiros europeus

Um novo estudo sugere que os primeiros europeus tinham pele e cabelos escuros.
01/07/2025 às 16:48 | Atualizado há 16 horas
Primeiros europeus de pele escura
Cabelos loiros e olhos azuis: uma beleza que começou a florescer há 3.000 anos. (Imagem/Reprodução: Redir)

Uma nova pesquisa liderada pela geneticista Silvia Ghirotto da Universidade de Ferrara, na Itália, revela que os primeiros europeus de pele escura eram predominantes até a Idade do Ferro, cerca de 3.000 anos atrás. Indivíduos com cabelos, olhos e pele claros eram considerados uma exceção nesse período. A descoberta desafia a percepção comum sobre a aparência dos antigos habitantes da Europa.

O estudo detalha que a predominância de traços fenotípicos como cabelos, olhos e pele claros só se tornou comum em tempos mais recentes. Essa mudança na genética populacional europeia é um tema de grande interesse para antropólogos e geneticistas. Entender quando e como essas características se disseminaram pode revelar informações importantes sobre migrações, adaptações e a história da Europa.

Até a Idade do Ferro, a diversidade genética na Europa apresentava uma distribuição diferente da que observamos hoje. A pesquisa de Ghirotto sugere que os primeiros europeus de pele escura possuíam uma aparência mais homogênea em relação à pigmentação. A análise genética detalhada permitiu aos cientistas traçar um quadro mais preciso da composição genética das populações antigas.

A pesquisa sobre os primeiros europeus de pele escura não apenas muda nossa compreensão sobre a aparência dos habitantes antigos, mas também levanta questões importantes sobre a evolução humana e a adaptação a diferentes ambientes. O estudo genético liderado por Silvia Ghirotto é fundamental para reescrever a história da população europeia.

O conhecimento de que os primeiros europeus de pele escura eram a norma até a Idade do Ferro adiciona uma nova camada à nossa compreensão da história europeia. Estudos futuros podem se aprofundar nas razões por trás dessa mudança genética e nas influências ambientais que podem ter contribuído para a seleção de diferentes traços fenotípicos ao longo do tempo.

Via Folha de São Paulo

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