Um estudo da Universidade de Waseda, no Japão, aponta que expressões faciais diminuídas e menos positivas podem indicar uma tendência à depressão. Pesquisadores analisaram vídeos de jovens universitários para identificar padrões sutis de expressividade envolvidos em quadros depressivos.
A pesquisa utilizou avaliações humanas e inteligência artificial para captar esses sinais não verbais, contribuindo para um diagnóstico mais precoce da depressão. Especialistas brasileiros destacam que essa ferramenta complementa a observação clínica tradicional e facilita a identificação de sintomas iniciais.
Além do uso médico, o estudo reforça a importância de prestar atenção à linguagem corporal no dia a dia. Observar expressões faciais pode ajudar a detectar sinais depressivos em pessoas próximas, promovendo um cuidado mais atento e um diálogo aberto sobre saúde mental.
Um estudo da Universidade de Waseda, no Japão, indica que expressões faciais podem sugerir a tendência à depressão. Os pesquisadores observaram que pessoas com sintomas leves apresentam menos expressividade, evidenciada pela redução de expressões positivas e alterações nos músculos faciais relacionados ao sorriso e olhar, sinais associados à vitalidade emocional reduzida.
Para chegar a essa conclusão, foram analisados vídeos curtos de 64 universitários japoneses. Um grupo de 63 avaliadores, da mesma idade, classificou as expressões em termos como naturalidade e simpatia, sem áudio. Paralelamente, um sistema automatizado de inteligência artificial avaliou movimentos sutis nos rostos.
A redução da vivacidade nas expressões não deve ser interpretada como diagnóstico isolado, mas como uma ferramenta adicional para identificar riscos depressivos precocemente. Segundo o psiquiatra Ricardo Feldman, do Einstein Hospital Israelita, a tecnologia ainda é pouco acessível, mas oferece um recurso importante para diagnósticos.
Na prática clínica, profissionais como a psiquiatra Jennyfer Domingues, da Unicamp, ressaltam que sinais como olhos menos brilhantes e voz monótona aparecem antes dos relatos diretos de sofrimento e ajudam no reconhecimento de quadros iniciais. Observações das expressões faciais são, portanto, parte de uma avaliação integral, complementando outros critérios clínicos.
Além da aplicação médica, a pesquisa reforça a importância da atenção à linguagem não verbal no convívio diário, incentivando a observação cuidadosa e o diálogo para identificar possíveis sintomas depressivos em pessoas próximas.
Via Super