Pesquisadores no Reino Unido identificaram que os humanos têm um “sétimo sentido”, chamado de tato remoto. Essa habilidade permite perceber objetos ocultos sob a superfície sem contato físico direto, como demonstrado em experimentos com objetos enterrados na areia.
Inspirados por aves que localizam presas debaixo da areia, os cientistas mostraram que sinais mecânicos no ambiente são percebidos pelos humanos. Essa capacidade complementa os cinco sentidos clássicos e a propriocepção, ampliando o entendimento da percepção humana.
Os resultados podem impulsionar avanços na robótica e inteligência artificial, possibilitando a criação de dispositivos com percepção tátil avançada. Aplicações práticas incluem exploração arqueológica e investigações em ambientes desafiadores como o fundo do mar ou Marte.
Pesquisadores do Reino Unido indicam que os humanos possuem um sétimo sentido: a capacidade de identificar objetos ocultos sem o toque direto. Batizada de tato remoto, essa habilidade foi observada em experimentos onde participantes detectaram objetos enterrados sob areia apenas pelo deslocamento na superfície.
Inspirado na visão de aves como o maçarico-de-perna-amarela, que localizam presas sob a areia, o estudo revelou que humanos sentem pequenos sinais mecânicos transmitidos pelo ambiente. Esse sentido se soma aos cinco tradicionais — tato, audição, visão, paladar e olfato — e à propriocepção, que reconhece a posição do corpo sem precisar ver.
Em testes comparativos, humanos apresentaram 70,7% de acerto ao localizar um cubo escondido, superando um robô que obteve apenas 40% de precisão, apesar de detectar objetos a maior distância. Isso destaca a sensibilidade tátil natural que humanos possuem, capaz de perceber objetos antes do contato físico ou visual.
Segundo os cientistas, esses resultados abrem caminhos para aprimorar robótica e inteligência artificial, criando dispositivos com percepção tátil avançada. Aplicações possíveis incluem sondagens arqueológicas, exploração de solos arenosos em ambientes como o fundo dos oceanos ou mesmo em Marte.
O estudo enfatiza a importância da interseção entre psicologia, robótica e IA para inovações tecnológicas, tornando tarefas de exploração mais seguras e eficientes. A descoberta amplia o entendimento do campo perceptivo humano, mostrando mais uma faceta dos sentidos para além do tradicional.
Via Folha de S.Paulo