O mercado de criptomoedas está sempre em movimento, e enquanto o Bitcoin mantém sua popularidade, o Ether no mundo cripto tem ganhado cada vez mais atenção dos investidores. Desenvolvedores da moeda Ethereum buscam posicioná-la como a principal criptomoeda em Wall Street, atraindo um volume crescente de investimentos.
O interesse pelo Ether aumentou após a aprovação do Genius Act, uma legislação que estabelece um marco regulatório para o desenvolvimento de stablecoins, criptomoedas atreladas ao dólar. Essa regulamentação tem impulsionado o desenvolvimento de plataformas baseadas na arquitetura da Ethereum por grandes instituições financeiras.
Empresas como JP Morgan e Citi estão desenvolvendo suas próprias stablecoins, a JPM e outras moedas, utilizando a infraestrutura da Ethereum. Tom Lee, CIO da Fundstrat, compara esse momento das stablecoins com a chegada do ChatGPT ao mundo da tecnologia, evidenciando o potencial de crescimento e adoção.
Lee recentemente assumiu a posição de chairman na BitMine Immersion Technologies, uma empresa de soluções cripto que redirecionou sua estratégia de negócios para a acumulação de Ether. A BitMine, seguindo o modelo da MicroStrategy, busca acumular Ether, apostando no potencial de valorização da moeda e em sua capacidade de superar o Bitcoin.
Andrew Keys, cofundador e chairman da Ether Machine, destaca que o Genius Act beneficia diretamente o Ether, já que a maioria das stablecoins são implementadas na plataforma Ethereum. Essa crescente demanda e valorização têm impulsionado o Ether no mercado.
A cotação do Ether tem apresentado alta desde abril, após um período de queda influenciado por eventos globais. No último mês, a aprovação do marco legal impulsionou um aumento de 56% no valor do Ether, enquanto o Bitcoin teve uma alta de 14%. Apesar disso, nos últimos 12 meses, o Bitcoin ainda apresenta um desempenho superior, com 75% de valorização contra 7% do Ether.
O Bitcoin se consolidou como uma reserva de valor, com um potencial hedge contra a inflação e crises financeiras. Já a Ethereum oferece uma arquitetura robusta para o desenvolvimento de tokens, aplicativos de decentralized finance (DeFI) e smart contracts, o que tem impulsionado seu crescimento.
Analistas apontam que recentes evoluções no Ethereum reduziram os custos de transação e melhoraram sua escalabilidade. Além disso, os detentores de Ether podem ser remunerados por meio de staking, mantendo suas moedas em uma carteira e participando da validação das transações, com rendimentos anuais entre 3% e 5%.
Diversas empresas, como a Blockchain Technology Consensus Solutions (BTCS), têm acumulado reservas em Ether, impulsionadas pelo novo ambiente regulatório. A BTCS, por exemplo, levantou US$ 189 milhões para investir na compra de Ether, acumulando cerca de 56.000 unidades.
A Ether Machine, resultante da fusão da Ether Reserve com a SPAC Dynamix Corporation, dispõe de US$ 1,5 bilhão para adquirir 400.000 Ethers. A BitMine e a SharpLink Gaming também competem pela liderança na estratégia de acumulação de Ether, com reservas significativas da moeda.
Joe Lubin, cofundador da Ethereum e CEO da SharpLink, acredita que as criptomoedas como Bitcoin e Ether terão uma valorização nos próximos anos. Jonathan Paulino, analista da B.Side Investimentos, aponta que concorrentes como Solana e Cardano podem atrair desenvolvedores, mas o Ether saiu na frente.
Via Brazil Journal
