EUA e China selam trégua comercial após encontro em 2026

Trégua comercial entre EUA e China visa suspender tarifas e tensões. Confira os detalhes do acordo firmado entre Trump e Xi.
30/10/2025 às 07:21 | Atualizado há 2 semanas
               
Tregua comercial de EUA e China
Cooperação entre países avança em comércio, fentanil e agricultura; visitas agendadas. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

Os presidentes Donald Trump e Xi Jinping se reuniram em Busan, Coreia do Sul, após seis anos sem encontros formais. O resultado foi uma trégua comercial de um ano, com foco em suspender tarifas que infligiam tensões entre as duas potências econômicas. O acordo anunciado inclui a adoção de medidas que beneficiam setores estratégicos para ambos os países.

Um dos principais pontos do entendimento foi a suspensão dos controles de exportação sobre terras raras pela China. Simultaneamente, os EUA congelaram a expansão de restrições tecnológicas que afetariam empresas chinesas. Além disso, houve revisão nas tarifas sobre produtos relacionados ao fentanil, visando diminuir a taxa média de exportações chinesas.

O comprometimento mútuo inclui a suspensão tarifária em setores como logística e agricultura. Também foi destacado o compromisso de resolver questões sobre o TikTok nos EUA e fortalecer as relações bilaterais. As visitas programadas entre os líderes indicam um novo tom nas interações, focado em amizade e colaboração.
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Após seis anos sem um encontro formal, os presidentes Donald Trump e Xi Jinping se reuniram durante a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) em Busan, Coreia do Sul, selando uma Tregua comercial de EUA e China com duração de um ano. O acordo, que foi anunciado na madrugada desta quinta-feira (30), tem como objetivo principal suspender as restrições e tarifas que vinham causando tensões entre as duas maiores potências econômicas globais.

Em um comunicado conjunto, Washington e Pequim concordaram em adiar, por um período de doze meses, a implementação de medidas que poderiam impactar negativamente setores considerados estratégicos para ambos os países. Como parte desse acordo, a China suspendeu os controles de exportação sobre as chamadas terras raras, enquanto os Estados Unidos decidiram congelar a expansão de restrições tecnológicas que afetariam as subsidiárias de empresas chinesas.

Trump declarou que a questão das terras raras foi resolvida e descreveu o encontro com Xi Jinping como um marco importante. Além disso, o presidente americano mencionou que as negociações serão revisadas anualmente, com possibilidade de prorrogação. Esse entendimento tem como objetivo evitar a reativação de tarifas elevadas, que em alguns casos poderiam ultrapassar 100% sobre determinados produtos.

Um dos pontos cruciais do acordo foi a redução, por parte dos EUA, das tarifas sobre produtos chineses relacionados ao fentanil, diminuindo de 20% para 10%. Em contrapartida, Pequim se comprometeu a intensificar o combate à exportação de precursores químicos utilizados na produção desse opioide. Essa redução tarifária diminui a taxa média sobre as exportações chinesas para 45%.

O Ministério do Comércio da China confirmou que ambas as nações também concordaram em suspender, por um ano, as tarifas aplicadas reciprocamente a embarcações e empresas de logística. Além disso, houve consenso em relação à cooperação agrícola, com a China retomando as compras de soja americana, demonstrando um esforço conjunto para fortalecer os laços comerciais e promover o crescimento econômico mútuo.

Ainda segundo o comunicado divulgado pela China, um dos compromissos assumidos é a busca por uma solução para as questões envolvendo a operação do TikTok nos Estados Unidos. Trump afirmou que Pequim concordou com a ideia de permitir um maior controle americano sobre a plataforma em território norte-americano, sinalizando uma possível flexibilização nas políticas de regulamentação.

Os governos de ambos os países comunicaram que Trump fará uma visita à China em abril de 2026, enquanto Xi Jinping retribuirá com uma visita aos Estados Unidos em um futuro próximo. Durante as conversas, o tema de Taiwan não foi abordado, de acordo com o presidente americano, indicando que as discussões se concentraram em questões comerciais e econômicas bilaterais.

O encontro, que durou aproximadamente 100 minutos, representou uma mudança no tom entre os dois líderes. Antes da reunião, Trump se referiu a Xi como um “grande líder de um grande país”, enquanto o presidente chinês expressou o desejo de que Washington e Pequim sejam “amigos e parceiros”, demonstrando uma postura mais colaborativa e aberta ao diálogo.

Diante desse cenário, é fundamental acompanhar de perto os desdobramentos dessa Tregua comercial de EUA e China, que pode ter impactos significativos no comércio global, nas relações bilaterais e no cenário econômico internacional.

Via InfoMoney
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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.