Em um cenário de tensões comerciais globais, os acordos comerciais com EUA ganham destaque. Recentemente, os Estados Unidos e a União Europeia firmaram um novo acordo, enquanto as negociações com a China avançam. O Brasil, por outro lado, enfrenta desafios para estabelecer um pacto semelhante com o governo americano.
Os Estados Unidos e a União Europeia chegaram a um acordo que estabelece uma tarifa de 15% sobre as exportações de automóveis, semicondutores e produtos farmacêuticos do bloco europeu. Essa nova tarifa substitui a alíquota de 30% que havia sido previamente anunciada.
Além disso, o acordo comercial com EUA inclui uma tarifa zero para produtos estratégicos, como aeronaves e peças de aeronaves, certos produtos químicos e medicamentos genéricos. No entanto, as tarifas sobre vinhos e bebidas alcoólicas não foram definidas neste momento. O acordo também prevê um investimento de US$ 600 bilhões da União Europeia nos EUA.
Paralelamente, os EUA estão em negociação com a China, com reuniões agendadas em Estocolmo para tratar de disputas econômicas. A China tem até 12 de agosto para chegar a um acordo tarifário, antes que as tarifas de mais de 100% voltem a ser aplicadas. Há, inclusive, a possibilidade de uma nova trégua de 90 dias.
O Brasil enfrenta dificuldades nas negociações com os EUA. O vice-presidente Geraldo Alckmin conversou com o secretário de Comércio americano, Howard Lutnick, sobre o interesse dos EUA em minerais críticos e estratégicos brasileiros. O governo brasileiro se prepara para uma tarifa de 50%, com atualizações sobre o andamento das negociações.
A temporada de balanços está em andamento, com a divulgação dos resultados de diversas empresas. Telefônica Brasil (VIVT3) já divulgou seus resultados, seguida por Intelbras (INTB3) e Motiva (MOTV3). Tim (TIMS3), Santander (SANB11) e Bradesco (BBDC4) também divulgarão seus resultados.
No cenário do mercado financeiro, o Ibovespa registrou queda de 0,21%, fechando aos 133.524,18 pontos, enquanto o dólar à vista encerrou as negociações a R$ 5,5619, com alta de 0,76%. O iShares MSCI Brazil (EWZ), principal fundo de índice brasileiro em Nova York, apresentou queda de 0,45%.
As bolsas da Ásia fecharam em alta, com exceção do Japão, e os mercados europeus e futuros de Wall Street também mostraram avanços. O mercado de petróleo registrou alta, impulsionado pelo otimismo em torno das negociações. As criptomoedas operam no positivo, com o bitcoin (BTC) e ethereum (ETH) apresentando altas.
A agenda do dia inclui indicadores econômicos, como o Relatório Focus e a Balança comercial semanal do Brasil, além de compromissos do presidente Lula e do ministro Fernando Haddad. As bolsas asiáticas, europeias e Wall Street apresentam diferentes desempenhos, assim como as commodities e criptomoedas.
Via Money Times