Em um cenário global dinâmico, o acordo comercial entre EUA e Japão surge como um marco relevante nas relações econômicas bilaterais. Anunciado pelo ex-presidente Donald Trump, o acordo estabelece novas tarifas e compromissos de investimento que prometem remodelar o comércio entre as duas potências. As implicações desse pacto já se fazem sentir nos mercados, com reações notáveis no setor automotivo e expectativas de impacto mais amplo na economia americana.
O pacto estabelece tarifas recíprocas de 15% sobre produtos japoneses importados pelos Estados Unidos, um valor inferior aos 25% inicialmente propostos. Adicionalmente, o Japão se comprometeu a criar um fundo de US$ 550 bilhões, destinados a investimentos na economia americana. Este compromisso financeiro visa impulsionar a demanda por bens de capital e gerar novas oportunidades de emprego nos Estados Unidos.
A assinatura do acordo comercial entre EUA e Japão desencadeou uma resposta imediata nos mercados acionários. Montadoras japonesas, como Mazda (com alta de 17%), Toyota (avanço de 13%) e Honda (incremento de 11%), registraram valorizações expressivas. O índice Nikkei 225 também demonstrou otimismo, com um aumento de aproximadamente 3,5%.
Apesar da redução tarifária, especialistas apontam para um possível aumento nas exportações japonesas para os EUA, o que poderia agravar o desequilíbrio comercial. Em janeiro, o déficit comercial dos EUA com o Japão atingiu US$ 131,4 bilhões, um aumento de 34% em relação ao mês anterior. A complexidade do acordo comercial entre EUA e Japão reside na necessidade de equilibrar os interesses de ambos os países, garantindo um comércio justo e mutuamente benéfico.
Embora o acordo comercial entre EUA e Japão possa facilitar o aumento das exportações americanas de produtos agrícolas e manufaturados para o Japão, restrições no mercado japonês, como a proteção do setor de arroz, podem limitar esse potencial. A pressão social para manter o mercado de arroz fechado representa um desafio para os EUA, que buscam expandir sua presença no mercado japonês.
O acordo comercial entre EUA e Japão gerou uma onda de otimismo nos mercados globais. Investidores vislumbram a possibilidade de acordos semelhantes com outros parceiros comerciais dos EUA, como China, União Europeia, Canadá e México. A nova tarifa de 15% é vista como um patamar aceitável, o que alimenta a expectativa de um ambiente comercial mais favorável.
Em comparação, as tarifas de 15% se assemelham às taxas de 19% já previstas para Filipinas e Indonésia. A manutenção da neutralidade sobre importações de aço e alumínio, com tarifas de 50%, indica uma estratégia consistente de Trump em relação a acordos comerciais. A abertura de acordos com Filipinas, Indonésia e Reino Unido sugere um padrão de negociação que pode se repetir com outros parceiros.
A repercussão do acordo comercial entre EUA e Japão foi mais intensa nas ações asiáticas. Nos mercados europeus e nos contratos futuros dos índices americanos, o impacto foi menos expressivo. Os investidores permanecem atentos aos desdobramentos do acordo e seus efeitos a longo prazo na economia global.
No Brasil, não há indicadores relevantes a serem impactados diretamente por este acordo. Nos Estados Unidos, as vendas de casas usadas em junho apresentaram uma leve queda, com 4,00 milhões esperados, em comparação com os 4,03 milhões do mês anterior.
Via Forbes Brasil