Por que evitamos a carne de animais carnívoros em nossa alimentação?

Carne de animais carnívoros: Descubra por que evitamos consumi-la! Saúde, sabor, cultura e eficiência explicam essa escolha. Saiba mais!
26/02/2025 às 18:35 | Atualizado há 5 meses
Carne de animais carnívoros
A natureza e a cultura nos dizem: respeitamos os grandes felinos, não os comemos. (Imagem/Reprodução: Super)

A ausência de carne de animais carnívoros no cardápio ocidental gera curiosidade. Afinal, por que leão não vira churrasquinho e onça não é servida no almoço? A resposta envolve uma combinação de fatores que vão desde a nossa saúde e passam pela eficiência energética, até tabus culturais enraizados em religiões. Vamos descobrir os principais motivos por trás dessa escolha alimentar.

Ainda que a maior parte da nossa alimentação carnívora seja baseada em animais herbívoros e onívoros, alguns humanos consomem animais carnívoros, como o urso e jacarés. Além disso, muitos peixes que comemos são predadores de outros peixes. Entretanto, a preferência por herbívoros é clara e tem suas razões.

Um dos grandes problemas é a contaminação. Animais acumulam microrganismos, alguns inofensivos e outros nem tanto. A poluição do meio ambiente ainda pode causar contaminação por metais pesados, que podem ser nocivos aos bichos e aos humanos.

Animais carnívoros, além de seus próprios microrganismos, também acumulam os de suas presas. Ou seja, quanto mais alto na cadeia alimentar, maior o risco de contaminação. Esse perigo existe até mesmo em animais herbívoros – quem nunca ouviu falar de infecção por salmonela? Nos superpredadores, esse risco aumenta ainda mais.

Além disso, muitos animais carnívoros não têm um sabor agradável. Predadores costumam ser mais magros e fortes que suas presas, resultando em menos gordura e fibras musculares mais grossas. Isso significa uma carne mais dura e menos saborosa.

Outro ponto importante é a ineficiência energética. Já é um grande gasto criar gado, porcos e aves para consumo, utilizando recursos como água e ração. Criar esses animais para alimentar um predador e só então consumir sua carne não faz sentido.

Na biologia, isso se explica pelos níveis tróficos. Níveis mais baixos exigem menos energia para sobreviver. Ao passar para os predadores, parte da energia inicial é perdida. Criar carnívoros exige mais energia do que herbívoros, tornando a prática cara e ineficiente.

A religião também impõe restrições. Algumas religiões como o judaísmo e o islamismo proíbem o consumo de predadores, refletindo como a cultura influencia nossa dieta. Esses fatores se somam, criando um forte tabu cultural contra o consumo de animais carnívoros.

Embora existam exceções ao redor do mundo, a predominância do consumo de herbívoros se justifica por questões de saúde, sabor, eficiência e cultura. Assim, o “churrasquinho de leão” permanece apenas uma curiosidade distante.

Via Superinteressante

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.