Cinco ex-prefeitos em cargos comissionados da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa foram nomeados para cargos comissionados. As nomeações, publicadas no Diário Legislativo, designam os ex-gestores como assessores júnior da secretaria (AJS) da Secretaria da Assembleia Legislativa. Este movimento levanta questões sobre acordos políticos e as estratégias para as próximas eleições.
Os nomeados são Hilário Roepke (PSB), conhecido como Hilário Gatinha, ex-prefeito de Santa Maria de Jetibá; João Paulo Schettino Mineti (sem partido), o Paulinho Mineti, ex-prefeito de Venda Nova do Imigrante; Hélio Carlos Ribeiro Cândido (PSB), o Cacalo, ex-prefeito de Muqui; Robertino Batista da Silva (PDT), o Tininho, ex-prefeito de Marataízes; e Jaime Santos Oliveira Junior (PSB), o Jaiminho, ex-prefeito de Ponto Belo.
O cargo de assessor júnior de secretaria tem um salário de R$ 3.688,13 para 40 horas semanais, conforme o Portal de Transparência da Ales. Além do salário, os servidores do Legislativo recebem auxílio-alimentação de R$ 1.949,45 e auxílio-saúde, o que torna a posição ainda mais atrativa.
Todos os ex-prefeitos em cargos comissionados são figuras políticas experientes em suas regiões. Hilário Gatinha concluiu seu segundo mandato consecutivo. Paulo Mineti assumiu a prefeitura de Venda Nova do Imigrante após a morte do então prefeito, sendo reeleito em 2020. Cacalo apoiou um sucessor, que não obteve êxito na eleição.
Tininho cumpriu três mandatos em Marataízes e também tentou eleger seu sucessor sem sucesso. Jaiminho, também com três mandatos, tem o atual prefeito de Ponto Belo como parte de seu grupo político. A nomeação de ex-prefeitos em cargos comissionados sugere possíveis movimentações estratégicas.
Há especulações sobre um possível acordo entre o governo do Estado e a presidência da Assembleia, liderada por Marcelo Santos (União). O acordo envolveria a nomeação de lideranças e ex-prefeitos em cargos comissionados da base aliada. Três dos nomeados são filiados ao PSB, partido do governador Renato Casagrande, reforçando a tese de um acordo para abrigar aliados políticos.
O governo Casagrande também tem oferecido espaço para ex-prefeitos em cargos comissionados na administração, com alguns ocupando posições de destaque. Há quem diga que essa estratégia visa fortalecer o governo para as eleições do ano que vem, garantindo apoio e atuação favorável nas urnas.
Além disso, o presidente da Assembleia, Marcelo Santos, tem suas próprias ambições para as eleições de 2026. Pré-candidato a deputado federal, ele necessita de aliados nos municípios para alcançar uma cadeira na Câmara Federal. O apoio de lideranças regionais é crucial para o sucesso eleitoral, e as nomeações podem ser vistas como parte dessa estratégia.
A proximidade das eleições de 2026 intensifica as articulações políticas, e cada voto se torna valioso. As movimentações de Marcelo Santos, que já vinham ocorrendo desde o ano passado, demonstram a importância de construir alianças e garantir apoios em todo o estado.
Com a eleição da Mesa Diretora resolvida e um alinhamento renovado entre Marcelo e Casagrande, as eleições de 2026 se apresentam como um objetivo em comum. A estratégia de preparar um grupo forte e influente pode ser decisiva para o resultado nas urnas, moldando o cenário político para os próximos anos.