Ex-sócios da XP e Pactual investem em crédito como serviço da UY3

Saiba como ex-sócios da XP e Pactual estão apostando no modelo de crédito como serviço da UY3.
17/06/2025 às 11:32 | Atualizado há 1 mês
Credit as a service
UY3 capta R$ 50 milhões para expandir no promissor mercado de credit as a service. (Imagem/Reprodução: Braziljournal)

A fintech UY3, especializada em Credit as a service, acaba de captar R$ 50 milhões para impulsionar sua expansão no mercado brasileiro. O aporte foi liderado pelas gestoras NVA Capital e Vectis, ambas com vasta experiência no setor financeiro. A NVA Capital foi fundada pelos ex-sócios da XP Marcelo Maisonnave, Pedro Englert e Eduardo Glitz, enquanto a Vectis tem Patrick O’Grady, ex-sócio do Pactual, Pollux e XP, e André Sá, ex-sócio do BTG, entre seus fundadores. Ambas as gestoras investem principalmente com capital próprio de seus fundadores.

Fundada há três anos por três irmãos uruguaios, a UY3 aposta na descentralização do crédito. A fintech permite que outras fintechs, correspondentes bancários e varejistas ofereçam crédito aos seus clientes, utilizando sua infraestrutura tecnológica e licenças. A UY3 também conecta esses clientes ao mercado financeiro, facilitando o funding para as operações, especialmente através da estruturação de FIDCs.

Apesar da competitividade do mercado de Credit as a service, com grandes players como a QI Tech, avaliada em US$ 1 bilhão, a UY3 acredita que há espaço para crescimento. Segundo Tabaré Acosta, um dos fundadores, a descentralização do crédito está apenas começando no Brasil, onde os quatro maiores bancos ainda dominam cerca de 60% do mercado.

A UY3 foca em três principais públicos: fintechs, correspondentes bancários e o mercado de embedded finance, que inclui varejistas, universidades e hospitais que desejam oferecer crédito diretamente aos seus clientes. Atualmente, a startup possui cerca de 300 clientes e movimentou R$ 5 bilhões em crédito no último ano.

O portfólio da UY3 abrange diversas linhas de crédito, desde crédito pessoal e consignado até buy now, pay later e crédito do FGTS, que representa o maior mercado da empresa. A projeção para este ano é triplicar o volume movimentado, atingindo R$ 15 bilhões. A receita da UY3 provém de uma taxa cobrada sobre a emissão de dívida, variando conforme o volume de cada cliente.

De acordo com Tabaré Acosta, o aporte financeiro será direcionado para o recrutamento de executivos de alto nível e para investimentos em infraestrutura tecnológica. A estratégia visa fortalecer a equipe e aprimorar a plataforma para suportar o crescimento acelerado da empresa no mercado de Credit as a service.

Via Brazil Journal

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.