Exportações do Japão enfrentam queda de 2,6% em julho pelo impacto das tarifas dos EUA

As exportações do Japão caem 2,6% em julho, a maior queda em quatro anos devido às tarifas dos EUA. Confira os detalhes.
20/08/2025 às 06:23 | Atualizado há 1 mês
Exportações do Japão
Exportações do Japão caem para a maior queda mensal em quatro anos em julho. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

As exportações do Japão registraram uma queda de 2,6% em julho, a maior em quatro anos. Esse declínio é influenciado pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos, o que gera preocupações sobre a economia japonesa.

O impacto das tarifas, que incluem um aumento de 25% sobre automóveis e autopeças, é sentido de maneira significativa. Além disso, as exportações para os EUA caíram 10,1%, com uma redução expressiva nas vendas de automóveis, que caíram 28,4%.

Com as importações também em baixa de 7,5%, o Japão enfrentou um déficit de 117,5 bilhões de ienes, contrariando expectativas de superávit. Os desafios econômicos continuam, e os especialistas alertam para a instabilidade no comércio internacional.
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As exportações do Japão sofreram a maior queda mensal em aproximadamente quatro anos, conforme dados governamentais divulgados recentemente. A intensificação dos impactos das tarifas impostas pelos Estados Unidos tem gerado preocupações sobre as perspectivas da economia japonesa, que é altamente dependente das exportações.

Em julho, a quarta maior economia global registrou uma retração de 2,6% no valor total das exportações em comparação com o ano anterior. Este declínio representa o maior desde fevereiro de 2021, quando houve uma queda de 4,5%.

O decréscimo superou as expectativas do mercado, que previa uma redução de 2,1%. Este é o terceiro mês consecutivo de queda, seguindo um recuo de 0,5% em junho.

Apesar da significativa diminuição no valor das exportações, os volumes de embarque têm se mantido estáveis até o momento. Segundo Takeshi Minami, economista-chefe do Instituto de Pesquisa Norinchukin, os exportadores japoneses têm evitado aumentos expressivos de preços.

Minami ressalta que, eventualmente, os custos terão que ser repassados aos consumidores norte-americanos, o que poderá impactar negativamente as vendas nos próximos meses.

As exportações para os EUA apresentaram uma queda de 10,1% em julho em relação ao ano anterior. Particularmente, as vendas de automóveis recuaram 28,4% e os componentes automotivos caíram 17,4%.

No entanto, o volume de exportação de automóveis diminuiu apenas 3,2%, indicando que os cortes de preços pelas montadoras japonesas e os esforços para absorver as tarifas adicionais ajudaram a mitigar o impacto nos embarques.

Em abril, os Estados Unidos implementaram tarifas de 25% sobre automóveis e autopeças, com ameaças de estender a mesma taxa para a maioria dos outros produtos japoneses. Posteriormente, em 23 de julho, foi firmado um acordo comercial que reduziu as tarifas para 15% em troca de um pacote de investimento japonês de US$ 550 bilhões destinado aos EUA.

A tarifa acordada sobre automóveis, principal setor de exportação do Japão, ainda é superior à tarifa de 2,5% anterior ao governo Trump, exercendo pressão sobre as grandes montadoras e fornecedores de autopeças.

As exportações para outras regiões também apresentaram desempenho fraco. As exportações destinadas à China, por exemplo, registraram uma queda de 3,5%, de acordo com os dados.

As importações totais em julho caíram 7,5% em relação ao ano anterior, em comparação com a previsão de mercado de uma queda de 10,4%.

Como resultado, o Japão registrou um déficit de 117,5 bilhões de ienes (US$ 795,4 milhões) em julho, contrariando a expectativa de um superávit de 196,2 bilhões de ienes.

Este resultado segue um crescimento inesperadamente robusto do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre (abril a junho). Dados divulgados na semana passada indicaram que o crescimento foi impulsionado por exportações e investimentos em capital resilientes.

Economistas explicam que o forte crescimento das exportações nos dados do PIB reflete diferenças na forma como o impacto das variações de preços é considerado.

Apesar dos desafios, Takeshi Minami, do Norinchukin, afirma que a economia japonesa tem evitado o pior até agora.

Minami acredita que, com a redução das incertezas pelo acordo tarifário, o Banco do Japão poderá retomar os aumentos das taxas de juros já em outubro.

O cenário das Exportações do Japão permanece instável, com a necessidade de monitoramento das políticas econômicas e seus efeitos no comércio internacional.

Em resumo, as exportações do Japão em julho sofreram um revés significativo, marcando a maior queda mensal em quatro anos, impactadas pelas tarifas dos EUA e gerando preocupações sobre o futuro da economia japonesa. Acompanhe as próximas atualizações para entender como esses fatores continuarão a influenciar o mercado global.

Via Money Times

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.