Exportadores chineses se apressam para cumprir prazos de tarifas

Exportadores da China aceleram esforços para atender ao novo prazo de tarifas estabelecido por Trump.
14/07/2025 às 14:43 | Atualizado há 1 semana
Tarifas de Trump
Produtores chineses exploram novos mercados em meio à fraca demanda interna e desafios nos EUA. (Imagem/Reprodução: Forbes)

As exportações chinesas demonstraram resiliência em junho, impulsionadas pela antecipação de um possível aumento nas Tarifas de Trump. Empresas de ambos os lados do Pacífico aguardam um acordo comercial duradouro entre as duas maiores economias ou o risco de novas tarifas que podem afetar as cadeias de suprimentos globais.

Os produtores chineses estão se adaptando à fraca demanda interna e às condições comerciais adversas nos Estados Unidos, onde vendem anualmente mais de US$ 400 bilhões em mercadorias. Estrategicamente, buscam aumentar sua participação em mercados mais próximos, minimizando os impactos das tensões comerciais.

Os dados alfandegários revelaram um aumento de 5,8% nas exportações chinesas em junho, superando as expectativas do mercado. Esse crescimento é superior ao registrado em maio, evidenciando um esforço para capitalizar as condições comerciais favoráveis antes de novas possíveis medidas tarifárias.

Chim Lee, analista da Economist Intelligence Unit, aponta para sinais de que a demanda antecipada pode estar diminuindo gradualmente, sugerindo um cenário de cautela no mercado.

Enquanto isso, as importações avançaram 1,1%, após uma queda de 3,4% em maio, indicando uma recuperação modesta na demanda interna chinesa. Economistas preveem um aumento contínuo, refletindo um otimismo cauteloso em relação ao futuro do comércio.

Analistas e exportadores estão de olho no acordo comercial firmado em junho entre EUA e China. O objetivo é garantir que ele se sustente, diferente de um acordo anterior que foi prejudicado por restrições nas exportações, interrompendo as cadeias de oferta.

As exportações para os EUA tiveram um crescimento de 32,4% no comparativo mensal, refletindo o impacto positivo da redução das tarifas americanas sobre os produtos chineses. Já os embarques para os países membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) cresceram 16,8%.

O superávit comercial da China atingiu US$ 114,7 bilhões em junho, um aumento em relação aos US$ 103,22 bilhões registrados no mês anterior. Esse aumento destaca a capacidade da China de manter um forte desempenho comercial, mesmo diante de incertezas globais.

As empresas chinesas monitoram de perto as políticas de Tarifas de Trump e ajustam suas estratégias para mitigar os riscos e capitalizar as oportunidades. A busca por novos mercados e a adaptação às mudanças nas regulamentações são elementos-chave para manter a competitividade.

A situação comercial entre China e EUA continua sendo uma área de grande atenção, com implicações significativas para a economia global. A capacidade de ambos os países de encontrar um terreno comum e evitar uma escalada nas tensões tarifárias será determinante para o futuro do comércio internacional.

Via Forbes Brasil

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.