EY alerta que guerras globais elevam o risco de ataques de cibersegurança a empresas em 2025

Ataques de cibersegurança em 2025: EY alerta para riscos crescentes devido a guerras. Saiba como proteger sua empresa!
18/02/2025 às 21:03 | Atualizado há 4 meses
Ataques de cibersegurança
Ataques de cibersegurança

O cenário global tem se tornado cada vez mais tenso, com reflexos tanto no mundo físico quanto no digital. Um estudo recente da EY-Parthenon, o “2025 Geostrategic Outlook”, aponta para um aumento nos conflitos bélicos e, consequentemente, nos ataques de cibersegurança. A década de 2020 já se destaca como o período com o maior número de confrontos armados nos últimos 50 anos, acompanhado por um crescimento expressivo nos gastos militares.

Nesse contexto, os confrontos no ciberespaço ganham relevância, com diversos governos sendo suspeitos de patrocinar ataques cibernéticos. A espionagem também se intensifica, colocando empresas em uma posição vulnerável. Organizações que atuam em setores estratégicos, como inteligência artificial e produção de semicondutores, bem como aquelas que lidam com grandes volumes de dados pessoais, correm um risco ainda maior de se tornarem alvos diretos.

Diante desse cenário, especialistas alertam para a necessidade de as empresas avaliarem seus riscos de cibersegurança. Demetrio Carrión, sócio-líder da EY Latam para cibersegurança, enfatiza a importância de investir na proteção dos sistemas, incluindo a cadeia de fornecedores e parceiros. A percepção dos gestores de riscos sobre a relevância dos ataques de cibersegurança para este ano deve ser acompanhada por um aumento nos investimentos em defesa cibernética.

O uso estratégico de tecnologias como a inteligência artificial é fundamental para fortalecer a defesa cibernética, segundo Carrión. No entanto, é importante que a adoção dessas tecnologias seja feita com um propósito claro, visando agir contra os riscos e ameaças identificados pela empresa, e não apenas pela popularidade do momento.

A crescente importância da tecnologia digital para os países, inclusive por questões de segurança nacional, tem levado os governos a buscarem uma maior regulação nesse espaço. Essa tendência pode gerar dificuldades para empresas com arquiteturas digitais transfronteiriças, que envolvem o compartilhamento de dados entre unidades em diferentes países. Nesse sentido, a busca pela governança se torna ainda mais relevante, com a definição de frameworks de IA e proteção de dados para garantir o respeito à propriedade intelectual.

A priorização do digital pelos países também pode trazer oportunidades para empresas que desenvolvem algoritmos de IA, semicondutores, infraestrutura de rede e tecnologias relacionadas. Os governos devem intensificar a implementação de políticas industriais para incentivar o desenvolvimento local desses mercados, e os executivos desses setores devem estar atentos aos incentivos fiscais e subsídios oferecidos.

Em um mundo cada vez mais conectado e digital, a cibersegurança se torna uma prioridade para empresas e governos. A prevenção e a proteção contra ataques de cibersegurança são essenciais para garantir a segurança dos dados, a continuidade dos negócios e a estabilidade econômica.

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.