A Família Schurmann, conhecida por suas expedições marítimas e testemunha dos impactos da poluição nos oceanos, uniu-se à X8 Investimentos para lançar o Fundo para oceanos. Com um montante de US$ 200 milhões, o objetivo é investir em empresas que atuem na economia azul, buscando soluções lucrativas e sustentáveis para os desafios ambientais marinhos.
A ideia do Fundo para oceanos surgiu de uma conversa entre Carlos Miranda da X8 Investimentos e Pierre Schurmann da Bossa Nova Investimentos. David Schurmann, CEO da Voz dos Oceanos, também lidera o projeto. O nome “8th Wave Fund” faz referência à oitava onda, considerada a onda perfeita no surf.
David Schurmann relata que a decisão de criar o Fundo para oceanos veio após anos de expedições, durante as quais a família testemunhou a crescente poluição nos oceanos, inclusive em áreas remotas. A experiência em Nova Guiné, onde recolheram quilos de lixo em uma praia, foi um ponto de inflexão.
O Fundo para oceanos, com US$ 200 milhões sob gestão, busca investir em até 80 empresas em fase de middle market e growth, com faturamento anual mínimo de US$ 5 milhões. Os investimentos variam entre US$ 1 milhão e US$ 5 milhões.
A tese de investimento do Fundo para oceanos é global, abrangendo setores com impacto direto ou indireto nos oceanos, como energia renovável, economia circular, tecnologia, alimentos (excluindo aquicultura) e turismo sustentável. A X8 Investimentos destinará 10% de sua remuneração para a ONG Voz dos Oceanos, que oferecerá apoio educacional e científico.
Carlos Miranda enfatiza que o principal atrativo para os investidores é o potencial de retorno financeiro do Fundo para oceanos. A Voz dos Oceanos colaborará com uma equipe de cientistas para analisar as empresas e realizar a due diligence, garantindo o impacto positivo nos oceanos.
O objetivo é criar um modelo em que as empresas lucrem ao mesmo tempo em que protegem o meio ambiente marinho. David Schurmann destaca que o Brasil precisa ter um papel de destaque nas discussões internacionais sobre a saúde dos oceanos.
Via Startups