Em São Paulo, a B3 receberá o Leilão de Cepacs da Faria Lima, com a expectativa de arrecadar R$ 2,89 bilhões. A venda de 164.509 títulos mobiliários visa oferecer aos investidores um novo potencial construtivo na cidade.
Os Cepacs, criados com o intuito de financiar melhorias urbanas, permitem construção acima dos limites normativos. Os recursos obtidos beneficiarão projetos de infraestrutura e habitação social, ajudando a revitalizar áreas essenciais da cidade.
Neste contexto, o mercado aguarda ansioso as dinâmicas deste leilão. Apesar de uma disputa judicial em andamento, a demanda pela região de Faria Lima permanece alta, sinalizando um futuro mais competitivo para o setor imobiliário.
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A sede da B3 em São Paulo será palco de mais um Leilão de Cepacs da Faria Lima, onde a prefeitura busca arrecadar R$ 2,89 bilhões com a venda de 164.509 títulos mobiliários. Os Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) são instrumentos financeiros que permitem a investidores e incorporadores expandir o potencial construtivo em áreas específicas da cidade. Acompanhe os detalhes e expectativas para este evento.
A oferta faz parte de um conjunto maior de 218.518 títulos, aprovados pela CVM. Este leilão representa a sexta distribuição, restando apenas 54.009 títulos para uma próxima rodada ainda sem data definida. As emissões anteriores já renderam R$ 3,1 bilhões aos cofres da prefeitura, demonstrando a importância desse mecanismo para o financiamento de projetos urbanos.
Os Cepacs foram criados em 2004 e possibilitam aos compradores construir acima dos limites estabelecidos pelas normas urbanísticas da região. Para usufruir desse benefício, é necessário apresentar um pedido de vinculação do título ao terreno, que será avaliado por um Conselho Gestor composto por representantes do poder público e da sociedade civil, garantindo a transparência e o alinhamento com os objetivos de desenvolvimento urbano.
Os recursos obtidos com a venda dos Cepacs são destinados a investimentos em infraestrutura, habitação social e melhorias urbanas. Os valores já viabilizaram a revitalização do Largo da Batata, a implantação de ciclovias na Avenida Faria Lima e a construção de conjuntos habitacionais. Nesta edição, a prioridade é financiar projetos de habitação popular e equipamentos públicos no Complexo Paraisópolis.
O edital do leilão permite o uso dos Cepacs tanto em imóveis residenciais quanto comerciais nos setores de Helio Pellegrino, Pinheiros, Faria Lima e Olimpíadas, todos dentro da Operação Urbana Consorciada Faria Lima. Essa flexibilidade aumenta o interesse dos investidores e a concorrência pelos títulos.
Ainda não se sabe qual será o ágio no leilão. No último leilão, em 2021, não houve ágio, enquanto em 2019, o ágio atingiu 170%. O Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM-SP) recomendou a correção do valor unitário para R$ 21.350, considerando a inflação, mas a prefeitura optou por manter o preço do último leilão.
Apesar da demanda na Faria Lima, os juros elevados, os custos de construção e a insegurança jurídica podem influenciar a postura dos investidores. Pedro Ros, CEO da Referência Capital, acredita que haverá forte concorrência, mas com maior disciplina financeira. Gustavo Assis, CEO da Asset Bank, lembra que o leilão de 2021 gerou cautela no mercado devido à redução da oferta e questionamentos judiciais, mas ressalta que a escassez de terrenos na região mantém o interesse das gestoras.
O leilão ocorre em meio a uma disputa judicial, com a suspensão de duas regras da lei que ampliou o perímetro da Operação Faria Lima pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. A prefeitura informou que a liminar não afeta o leilão, mas o imbróglio adiciona incertezas ao mercado imobiliário, que se tornou importante no financiamento de políticas públicas em áreas vulneráveis.
O mercado deve acompanhar de perto o Leilão de Cepacs da Faria Lima, pois pode indicar o futuro da expansão na região. A decisão de participar ou não pode definir o posicionamento das empresas no cenário imobiliário local.
Via Forbes Brasil
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