Após o recente bombardeio de instalações nucleares no Irã por forças dos EUA, autoridades federais em Washington expressaram crescente preocupação com a possibilidade de o Irã ou seus aliados realizarem ações de Retaliação do Irã em solo americano. O FBI e o Departamento de Segurança Interna emitiram alertas, recomendando que os escritórios regionais monitorem de perto as plataformas de coleta de informações e mantenham estreito contato com o Departamento de Defesa.
Altos funcionários do FBI alertaram, por meio de um e-mail interno, que o Irã e seus aliados têm como alvo interesses dos EUA em resposta a eventos geopolíticos. A recomendação é que os escritórios regionais monitorem suas plataformas de coleta de informações, mantendo contato próximo com o Departamento de Defesa, incluindo a Guarda Nacional, que pode ser alvo de retaliação. Atenção especial deve ser dada às instalações militares dos EUA relacionadas aos ataques no Irã.
Em resposta à situação no Oriente Médio, o prefeito de Nova York, Eric Adams, anunciou que haverá mais policiais de plantão em locais religiosos, culturais e diplomáticos como medida de precaução. O Irã, considerado pelos Estados Unidos como um estado patrocinador do terrorismo, tem apoiado diversas milícias no Oriente Médio, incluindo Hamas, Hezbollah e os Houthis, com o objetivo de expandir sua influência na região.
O Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS) também emitiu um boletim de segurança, afirmando que o conflito eleva as preocupações de segurança no país e que ataques cibernéticos por hackers pró-Irã são prováveis. Existe uma preocupação de que extremistas violentos no país se mobilizem independentemente para a violência, caso a liderança iraniana emita uma decisão religiosa convocando violência retaliatória.
As autoridades do DHS e do FBI realizaram uma teleconferência com agentes estaduais e locais para discutir possíveis ameaças às comunidades americanas. Durante a chamada, a organização Secure Community Network, que oferece consultoria de segurança para instalações judaicas na América do Norte, alertou que o nível de ameaças é muito alto. Segundo Michael Masters, CEO do grupo, o Irã só atacaria os EUA se uma linha vermelha fosse cruzada, e essa linha foi avaliada como um engajamento militar direto visando as instalações nucleares do Irã.
O boletim do Departamento de Segurança Interna ressaltou que o conflito entre Irã e Israel pode motivar extremistas violentos e autores de crimes de ódio a atacar alvos percebidos como judaicos, pró-Israel ou ligados ao governo ou às forças militares dos EUA. Ex-funcionários do FBI afirmaram que o bureau está preparado para essas situações e solicitará a informantes que verifiquem novas ameaças.
Carlos Fernandez, ex-agente sênior do FBI responsável pela divisão antiterrorismo de Nova York, enfatizou a importância de levar a sério a possibilidade de células adormecidas nos Estados Unidos. Ele mencionou que o Irã já foi acusado de planejar matar Donald Trump e um ativista de direitos humanos em Nova York, e que o bureau descobriu membros do Hezbollah que treinaram no Líbano e se mudaram para os Estados Unidos.
Diante desse cenário, o FBI orientou a priorizar denúncias potencialmente associadas ao Irã ou seus aliados. A situação é vista como uma preocupação legítima, exigindo vigilância e medidas de segurança reforçadas.
Via InfoMoney