A inovação no setor alimentício alcança um novo patamar com a produção de filés a partir do cultivo celular, uma técnica que promete revolucionar a forma como consumimos carne. Essa abordagem inovadora já está disponível em restaurantes, marcando um avanço significativo na indústria de alimentos cultivados.
Um restaurante em Tel Aviv, Israel, chamado “The Chicken”, liderado pelo chef Uri Nahon, tornou-se o primeiro a servir carne de frango cultivada em laboratório. Este marco foi possível após a aprovação regulatória de Israel, que permitiu a comercialização do produto da empresa SuperMeat. Os clientes agora podem degustar um hambúrguer de frango cultivado, feito com células que se multiplicam em um ambiente controlado, sem a necessidade de abate de animais.
A técnica de cultivo celular consiste em retirar células de um animal e cultivá-las em um biorreator, um ambiente que simula as condições ideais para o crescimento celular. As células se multiplicam e se diferenciam, formando tecido muscular que pode ser moldado em diversos formatos, como filés e hambúrgueres. Esse processo oferece diversas vantagens, como a redução do impacto ambiental da pecuária tradicional e a garantia de um produto livre de antibióticos e hormônios.
Além do frango, outras empresas estão investindo no cultivo celular de diferentes tipos de carne, como carne bovina, suína e frutos do mar. A empresa Upside Foods, por exemplo, já recebeu aprovação nos Estados Unidos para comercializar frango cultivado em laboratório. A expectativa é que, em breve, mais restaurantes e supermercados ofereçam esses produtos, tornando-os acessíveis a um número maior de consumidores.
O cultivo celular representa uma alternativa promissora para alimentar a crescente população mundial de forma sustentável e ética. Apesar de ainda enfrentar desafios como a escalabilidade da produção e a aceitação do público, a tecnologia tem potencial para transformar a indústria alimentícia e contribuir para um futuro mais sustentável.