A Fundação Dom Cabral (FDC) implementa o “Capitalismo Consciente” como disciplina essencial em sua grade curricular, em resposta ao crescente debate sobre ESG. A inclusão surge da parceria com o Instituto Capitalismo Consciente Brasil (ICCB), visando preparar alunos para um futuro mais alinhado às expectativas sociais e ambientais.
O curso, estruturado com foco em stakeholders e gestão responsável, se inspira em líderes como John Mackey e Raj Sisodia. O objetivo é que futuros empresários desenvolvam uma visão que priorize o propósito e a ética, ao invés da mera busca pelo lucro.
O ICCB acredita que promover a consciência social pode ser um diferencial competitivo no Brasil. A FDC quer atrair alunos engajados com o tema, oferecendo também disciplinas sobre sustentabilidade e diversidade.
A Fundação Dom Cabral (FDC) demonstra confiança no futuro do Capitalismo consciente ao integrá-lo como disciplina obrigatória em sua grade curricular, mesmo diante das discussões sobre a validade das métricas de Environmental, Social and Governance (ESG) e de um certo ceticismo político global. Essa decisão estratégica da FDC visa preparar seus alunos para uma visão de negócios focada em stakeholders e em resultados a longo prazo, em um período de transformação e questionamentos sobre o papel das empresas na sociedade.
A inclusão do Capitalismo consciente no currículo da FDC foi elaborada em parceria com o Instituto Capitalismo Consciente Brasil (ICCB). Essa colaboração se inspira no movimento idealizado por John Mackey, cofundador da rede Whole Foods, e Raj Sisodia, autor e professor de marketing. O objetivo é apresentar aos futuros líderes a importância de conduzir negócios de forma ética, com um propósito que vá além da simples busca por lucro.
Daniela Garcia, CEO do ICCB, ressalta que o curso busca inspirar os estudantes no início de suas carreiras, para que a conscientização sobre o papel social das empresas se torne parte integrante de sua formação. Adriano Pimenta, pesquisador da FDC, estruturou a disciplina com base nos quatro pilares do Capitalismo consciente: propósito maior, orientação para stakeholders, liderança consciente e cultura consciente.
O conteúdo do curso abrange conceitos de ESG, sustentabilidade e responsabilidade social, utilizando exemplos práticos de empresas como Zero Carbon Logistics, Nu Alimentos, Intermédica e Tia Sônia. Pimenta busca evitar debates ideológicos, mantendo o foco na gestão empresarial e na forma como as externalidades, como mudanças climáticas e desastres ambientais, afetam diretamente os negócios.
O ICCB acredita que a sustentabilidade pode ser um diferencial competitivo, especialmente para o Brasil, que possui vasta biodiversidade e uma matriz energética renovável. A organização tem investido na criação de conteúdo educacional, com diversos minicursos, livros e artigos disponíveis. A parceria com a FDC representa um marco importante para o movimento do Capitalismo consciente no Brasil.
A FDC busca atrair alunos já engajados com a temática, muitos dos quais têm pais que são fundadores de negócios de impacto social. A grade curricular também inclui disciplinas complementares, como desenvolvimento sustentável e diversidade, equidade e inclusão, proporcionando uma formação completa para os futuros líderes empresariais.
Via Brazil Journal