A Genial Investimentos projeta um ano de 2026 mais volátil para os fundos imobiliários devido a fatores como eleições, saída de capital estrangeiro e mudanças fiscais que podem afetar a inflação.
Apesar da expectativa de redução da Selic ser mais tímida e incerta por conta desses riscos, o cenário permanece favorável para investidores, que podem aproveitar tanto eventuais altas na valorização quanto os dividendos que tendem a se manter elevados.
O mercado prevê um começo de ano mais positivo com cortes nos juros americanos beneficiando emergentes, mas o segundo semestre pode trazer maior volatilidade e oscilações no dólar, afetando diferentes segmentos dos FIIs de formas distintas.
A Genial Investimentos projeta um 2026 mais conturbado para os fundos imobiliários, com fatores como eleições, possível saída de capital estrangeiro, piora no cenário fiscal e mudanças que podem pressionar a inflação, como a isenção do IR para ganhos mensais de até R$ 5 mil. Esses elementos colocam dúvidas sobre a queda da Selic, que costuma ser o maior impulsionador de desempenho dos FIIs.
Embora a expectativa seja uma redução dos juros em março, segundo o analista Bernardo Noel, reduzir a Selic em 2,5 pontos percentuais até 2026, como indica o Boletim Focus, parece improvável diante dos riscos existentes. Mesmo assim, o cenário oferece oportunidades: caso as condições melhorem, há potencial para valorização; se mantiverem difíceis, os dividendos tendem a seguir em patamares elevados.
O início do ano deve ser mais favorável, com cortes nos juros americanos beneficiando emergentes, atraindo fluxo externo e refrigerando a inflação. No entanto, o segundo semestre pode vir acompanhado de reversão, com dólar podendo chegar a R$ 6 com maior volatilidade.
Os fundos de lajes corporativas têm maior chance de valorização, especialmente os ligados a regiões como Paulista, Pinheiros, Chucri Zaidan e Berrini, que apresentam dinâmica mais favorável que Faria Lima, JK e Vila Olímpia. Shoppings devem ter desempenho moderado, enquanto o segmento logístico deve continuar firme, impulsionado pelo e-commerce.
Fundos imobiliários de recebíveis, mesmo com juros ainda altos, permanecem relevantes. Já os FIIs atrelados ao IPCA enfrentam desafios mas podem realizar ganhos interessantes com CRIs descontados pela marcação a mercado.
Via Money Times