FIIs podem enfrentar alta volatilidade em 2026, com cenário de oportunidades para investidores

Em 2026, FIIs devem ter volatilidade maior, mas oferecem oportunidades tanto na valorização quanto em dividendos elevados.
13/12/2025 às 13:23 | Atualizado há 2 horas
               
Genial Investimentos prevê 2026 mais volátil para fundos imobiliários por incertezas. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

A Genial Investimentos projeta um ano de 2026 mais volátil para os fundos imobiliários devido a fatores como eleições, saída de capital estrangeiro e mudanças fiscais que podem afetar a inflação.

Apesar da expectativa de redução da Selic ser mais tímida e incerta por conta desses riscos, o cenário permanece favorável para investidores, que podem aproveitar tanto eventuais altas na valorização quanto os dividendos que tendem a se manter elevados.

O mercado prevê um começo de ano mais positivo com cortes nos juros americanos beneficiando emergentes, mas o segundo semestre pode trazer maior volatilidade e oscilações no dólar, afetando diferentes segmentos dos FIIs de formas distintas.

A Genial Investimentos projeta um 2026 mais conturbado para os fundos imobiliários, com fatores como eleições, possível saída de capital estrangeiro, piora no cenário fiscal e mudanças que podem pressionar a inflação, como a isenção do IR para ganhos mensais de até R$ 5 mil. Esses elementos colocam dúvidas sobre a queda da Selic, que costuma ser o maior impulsionador de desempenho dos FIIs.

Embora a expectativa seja uma redução dos juros em março, segundo o analista Bernardo Noel, reduzir a Selic em 2,5 pontos percentuais até 2026, como indica o Boletim Focus, parece improvável diante dos riscos existentes. Mesmo assim, o cenário oferece oportunidades: caso as condições melhorem, há potencial para valorização; se mantiverem difíceis, os dividendos tendem a seguir em patamares elevados.

O início do ano deve ser mais favorável, com cortes nos juros americanos beneficiando emergentes, atraindo fluxo externo e refrigerando a inflação. No entanto, o segundo semestre pode vir acompanhado de reversão, com dólar podendo chegar a R$ 6 com maior volatilidade.

Os fundos de lajes corporativas têm maior chance de valorização, especialmente os ligados a regiões como Paulista, Pinheiros, Chucri Zaidan e Berrini, que apresentam dinâmica mais favorável que Faria Lima, JK e Vila Olímpia. Shoppings devem ter desempenho moderado, enquanto o segmento logístico deve continuar firme, impulsionado pelo e-commerce.

Fundos imobiliários de recebíveis, mesmo com juros ainda altos, permanecem relevantes. Já os FIIs atrelados ao IPCA enfrentam desafios mas podem realizar ganhos interessantes com CRIs descontados pela marcação a mercado.

Via Money Times

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.