O filme brasileiro-português O Riso e a Faca é destaque em 2025

Filme brasileiro e internacional "O Riso e a Faca" destaca Guiné-Bissau e ganha prêmio em Cannes.
28/12/2025 às 13:03 | Atualizado há 6 horas
               
Filme coproduzido pelo Brasil e mais três países ganha prêmio em Cannes. (Imagem/Reprodução: Redir)

“O Riso e a Faca” é uma coprodução entre Brasil e outros países, dirigida por Pedro Pinho. O filme se passa em Guiné-Bissau e aborda questões sociais e ambientais por meio do olhar do engenheiro ambiental português Sérgio.

Com mais de três horas e meia de duração, o longa foi destaque no Festival de Cannes, na mostra Un Certain Regard. A atriz cabo-verdiana Cleo Diára ganhou o prêmio de melhor atriz, e o filme discute a complexidade das relações locais e globais na região.

O enredo valoriza a cultura local, mostrando variações da língua portuguesa, tradições como o cultivo de arroz e a música típica. Inspirado em uma música de Tom Zé, o filme oferece uma imersão na realidade guineense e atrai um público adulto devido ao seu conteúdo maduro.

Considerado como o melhor filme de 2025, O Riso e a Faca é fruto de uma coprodução brasileira e internacional dirigida por Pedro Pinho. Sua narrativa se desenrola em Guiné-Bissau e traz uma reflexão sobre questões sociais e ambientais do país africano, através do olhar do engenheiro ambiental português Sérgio.

Com duração superior a três horas e meia, o filme conquistou destaque no Festival de Cannes, exibido na mostra Un Certain Regard, onde a atriz cabo-verdiana Cleo Diára recebeu o prêmio de melhor atriz. A obra oferece uma abordagem detalhada sobre a complexidade das interações locais e globais em Guiné-Bissau, incluindo imigrantes, interesses econômicos, modos de vida tradicionais e a presença crescente da China.

Além da trama, o filme expõe as variações da língua portuguesa falada no território, entre o português europeu, brasileiro e as influências do crioulo local. Detalhes culturais como o cultivo de arroz nas áreas de mangue, a vida noturna com música típica, e a preparação da cachupa em comunidades cabo-verdianas ampliam a dimensão do enredo.

Inspirado em uma música de Tom Zé, O Riso e a Faca provoca uma espécie de imersão no universo guineense, fazendo o espectador desejar conhecer mais sobre locais pouco conhecidos, como as praias de Pecixe. O filme é recomendado para público adulto, dado o conteúdo maduro explorado.

Outros filmes africanos ganharam visibilidade em 2025, mas nenhum chegou a alcançar o impacto de O Riso e a Faca na apreciação crítica e cinematográfica deste ano.

Via Folha de S.Paulo

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