A agência Fitch revisou a perspectiva do rating da Cosan para negativa, mantendo o grau ‘BB’ para suas dívidas internacionais. A avaliação considera a alavancagem elevada da empresa e a necessidade contínua de desinvestimentos para equilibrar as finanças.
O recente follow-on foi destacado como um passo importante para reduzir o endividamento e aumentar a flexibilidade para vender ativos. A companhia deve focar na diminuição da alavancagem e disciplina nos investimentos para preservar seus ratings.
Apesar do fluxo de caixa livre previsto negativo para 2025, há expectativa de melhora nos anos seguintes com redução da dívida e distribuição de dividendos por suas subsidiárias. O portfólio diversificado e governança fortalecida sustentam o rating da empresa.
A agência de risco S&P Global mudou a perspectiva dos ratings corporativos da Cosan, passando de estável para negativa, mantendo o rating ‘BB’ das dívidas internacionais e o ‘AAA(bra)’ das debêntures. A modificação reflete a alta alavancagem da empresa e a dependência constante de desinvestimentos para aliviar o perfil financeiro.
A Fitch avalia que o recente follow-on da Cosan foi importante para diminuir o endividamento, aumentando a flexibilidade para seguir com o plano de venda de ativos nos próximos anos. Segundo seus analistas, a empresa precisa reduzir ainda mais a alavancagem, e a venda de ativos é essencial para ajustar indicadores financeiros e preservar os ratings.
Estima-se que a Cosan terá fluxo de caixa livre negativo em torno de R$ 2,5 bilhões em 2025 devido ao alto pagamento de juros. A previsão aponta fluxo positivo nos anos seguintes, apoiado na redução da dívida e das taxas. Os dividendos médios anuais esperados são de R$ 2,3 bilhões, principalmente vindos das subsidiárias Compass e Rumo, enquanto a própria Cosan não deve distribuir dividendos.
A estrutura acionária, fortalecida pela entrada de investidores minoritários, mantém o controle do acionista principal, o que favorece a governança e o acesso ao mercado. A Fitch acredita que a Cosan adotará uma postura mais disciplinada nos investimentos, alinhada com sua estratégia de desinvestimento.
O portfólio diversificado de ativos da empresa, líder em setores como açúcar, etanol, combustíveis, logística ferroviária e gás natural, sustenta o rating ‘BB’. O cenário atual não inclui aquisições, reduzindo riscos para a execução da estratégia.
Via Money Times